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Ministra do MCTI anuncia R$ 10 milhões para Herbário e diretor do Inpa como coordenador do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica
Ministra em visita ao estande do Inpa na ExpoC&T. Foto: Victor Mamede/ Ascom Inpa.
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou o investimento de R$ 10 milhões para construir o novo Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), uma das maiores coleções de plantas da Amazônia. Na oportunidade, a ministra anunciou também o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira, como coordenador brasileiro do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica (CFBBA), uma cooperação que foi retomada em março de 2024 entre o Brasil e a França.
Os anúncios foram feitos na segunda-feira, 08/07, durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Belém, no Pará. O encontro é o maior evento científico da América Latina, com expectativa de atrair 35 mil pessoas. O Inpa está presente com pesquisadores, técnicos e bolsistas em palestras, conferências, mesas-redondas e com estande do instituto na ExpoT&C.
O recurso para o projeto do herbário faz parte de uma negociação do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI) com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). De acordo com o diretor do Inpa, esse recurso será destinado a um projeto sob encomenda que visa a construção de um novo espaço para abrigar o acervo do herbário do Inpa, que hoje ocupa um dos prédios mais antigos do campus do Instituto.
Luciana Santos ressaltou a necessidade de proteger o maior acervo de plantas amazônicas. Atualmente, quase 300 mil espécimes estão depositadas no Herbário (plantas e fungos), a maior coleta de espécimes vegetais para a Amazônia brasileira e o quinto maior Herbário do Brasil. “Temos mais R$ 10 milhões para salvaguardar os acervos do Programa de Coleções Científicas e Biológicas do Inpa, onde iremos construir um novo herbário, para abrigar uma das maiores coleções de plantas da Amazônia”, comenta. “Necessitamos de instalações adequadas, mais amplas, então esse novo projeto irá permitir duplicar a capacidade da Coleção de Plantas. Será um herbário diferente, interativo, com espaço para reuniões, para visitação pública. E esse novo herbário também irá abrigar laboratórios temáticos, na área de palinologia, estudo de fungos, de pólen, será um complexo de estudo da flora amazônica”, contou Pereira.
No total, serão investidos R$ 500 milhões em programas para a região amazônica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), para os programas Pró-Amazônia e Segurança Alimentar e Erradicação da Fome. Foram destinados R$ 360 milhões para o Programa Pró-Amazônia e R$ 184,2 milhões para o Programa de Segurança Alimentar.
Cooperação com a França
Biodiversidade Amazônica (CFBBA) foi feito durante uma reunião com outros dirigentes de unidades vinculadas ao MCTI. “Foi uma surpresa, nós sabíamos que era aguardado o anúncio do escolhido para coordenar a parte brasileira, mas foi uma surpresa. Agora é receber as devidas orientações e começar o trabalho”, pontua o diretor do Inpa. O anúncio de Henrique Pereira como coordenador brasileiro do Centro Franco-Brasileiro de
Pereira comenta, ainda, que o Inpa já foi sede de uma missão permanente da agência de cooperação científica da França, hoje conhecida como IRD, por mais de 20 anos. “Quem sabe uma das metodologias seja a retomada de missões de pesquisadores visitantes entre Brasil e França, até porque ainda hoje mantemos cooperações com a França, mas muito menos intensas”, frisa.
O Inpa e outras instituições brasileiras, como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), cooperam há muitos anos com o Institut de Recherche pour le Développement (IRD) da França. Além disso, o governo francês coopera com outros países amazônicos, como, por exemplo, a Rede HyBam. A relação de fronteira com os países Guiana e Brasil torna essa escolha do Brasil mais distinta.