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Inpa integra a Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade
Oficina com integrantes das instituições da rede em Bogotá- Colômbia. Crédito: Daniel Lage.
Sete instituições de pesquisa e inovação do Brasil, Colômbia, Equador e Peru se uniram para criar a Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade, um instrumento regional que busca integrar e fortalecer as capacidades de seus institutos membros, promover a geração e o intercâmbio de conhecimento na conservação e no uso sustentável da biodiversidade, e estimular o desenvolvimento e transferência de soluções e tecnologias inovadoras para a bioeconomia amazônica.
A Rede conta com o apoio técnico e financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e é formada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Museu Paraense Emilio Goeldi do Brasil, o Instituto Humboldt e o Instituto SINCHI da Colômbia, o Instituto Nacional de Biodiversidade (INABIO) do Equador e o Instituto de Pesquisa da Amazônia Peruana (IIAP) do Peru.
“Com a criação da Rede, promovemos no BID a cooperação transfronteiriça para ampliar o impacto positivo necessário para evitar o ponto de não retorno no bioma amazônico. Além disso, reafirmamos os compromissos da Declaração de Belém e de nosso programa Amazônia Sempre, em particular o de fortalecer o papel da ciência, tecnologia e inovação na Amazônia para a conservação e reconhecimento do valor da biodiversidade e seu uso sustentável”, disse Rafael Anta, especialista da divisão de Competitividade, Tecnologia e Inovação do BID.
A Rede estruturará suas atividades em torno de três linhas de trabalho: diálogo e intercâmbio de conhecimento entre seus membros, fortalecimento da capacidade técnica dos institutos por meio de iniciativas de aprendizagem coletiva e mobilidade de pesquisadores, e promoção da conservação da biodiversidade e do desenvolvimento da bioeconomia amazônica através de programas e projetos colaborativos. As primeiras atividades da Rede serão sua primeira assembleia anual e várias oficinas temáticas, que serão realizadas nas instalações do INPA, em Manaus, na segunda semana de junho.
A rede atuará em parceria com os povos indígenas e comunidades tradicionais, governos, setor privado e outros atores interessados em se unir à conservação e uso sustentável da biodiversidade com valor agregado para melhorar a qualidade de vida das comunidades da região amazônica.
A Rede será liderada por um Comitê Diretor composto por um representante de cada instituto membro fundador e um representante do BID. Além disso, o BID assumirá a secretaria técnica por um período inicial de quatro anos. Os critérios para a incorporação de novos membros serão divulgados na segunda assembleia anual da Rede, que acontecerá em 2025.