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Inpa e Instituto da Computação da Ufam buscam ampliar colaboração
Foto Débora Vale/ Ascom Inpa
O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), professor Henrique Pereira, recebeu o diretor do Instituto da Computação da Universidade Federal do Amazonas (Icomp/Ufam), professor José Luiz Pio, para fortalecer e ampliar parcerias. A proposta é otimizar recursos de infraestrutura e intensificar a colaboração técnico-científica entre as instituições, que são referências nos estudos das ciências ambientais na Amazônia e das ciências de dados e da computação, respectivamente.
A parceria pode envolver compartilhamento de dados e atualização de infraestrutura, com o trabalho em rede para aumentar a capacidade de processamento de dados do Inpa, da Ufam, e de outras instituições de ensino e pesquisa do Amazonas. Além de um cluster de alto desempenho, interessa ter uma aproximação científica, juntando as expertises institucionais.
Para desenvolver os pontos de convergência de cooperação, será realizado um workshop, em breve. Uma das possibilidades é ter uma linha de pesquisa ou disciplina em programas de pós-graduação do Inpa e do Icomp, que tratem da interface ciências da computação e ciências da natureza.
“Nós já mapeamos o que foi feito, em termos de colaboração técnica entre Inpa e Icomp, e queremos intensificar essa colaboração. A ideia é juntar os recursos das duas organizações, porque sabemos que isso produz um efeito sinergístico, e Icomp e Inpa podem fazer muito mais do que hoje estão fazendo de maneira isolada”, destacou o diretor do Inpa.
Com 34 professores, todos doutores, o Icomp atua na formação de recursos humanos da graduação ao doutorado. O Programa de Pós-Graduação em Informática da Ufam (PPGI) é nota 6 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), nível internacional, assim como o PPG-Ecologia do Inpa, que tem conceito 7.
Para o professor Pio, a reunião foi “promissora e motivadora”, já que Inpa e Ufam são instituições com importante papel na produção do conhecimento sobre a Amazônia e iniciativas como esta tendem a fortalecer as organizações.
“Destaco, em particular, o que agrega em termos de pesquisa, desenvolvimento de infraestrutura, e a possibilidade de poder ampliar as nossas parcerias com o Inpa no compartilhamento de recursos humanos, computacionais e de infraestrutura que estamos tentando desenvolver e trabalhar num futuro próximo”, contou Pio, que na década de 1980 foi estagiário do pesquisador Gilberto Fisch no Inpa, estudando radioisótopos.
Segundo o professor Pio, o Icomp nasceu com a temática amazônica, depois cresceu e percorreu outros caminhos, e “agora, mais do que nunca, percebe a necessidade de retornar”. Atualmente, alguns projetos têm aplicação de metodologias computacionais na temática amazônica. Entre eles o de robótica ambiental, que dispõe de uma infraestrutura de comunicação de dados em ambiente de selva. Os robôs coletam dados sobre oxigenação, acidez e outros parâmetros em rios e lagos, na região de Mamirauá, e enviam para os pesquisadores em Manaus.
A reunião aconteceu no último dia 11 de janeiro, na Diretoria do Inpa. Participaram ainda do encontro, o coordenador da Coordenação de Tecnologia da Informação (CoTIn), Roberto Santos; o chefe de Divisão de Cooperação e Intercâmbio (Dicin), Laurindo Campos; e as titulares da Coordenação-Geral de Pesquisa, Capacitação e Extensão (CGPE), Sônia Alfaia, e da Coordenação-Geral de Planejamento, Administração e Gestão Estratégica (CGGE), Magalli Henriques. Na oportunidade, Santos fez uma apresentação da organização e ações desenvolvidas pela Cotin.