Notícias
Familiares e amigos eternizam memória de Niwton Leal com muda de Acácia no Bosque da Ciência
Foto Mariana Tuesda/ PCE Bosque Inpa
Em celebração à vida e contribuições do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Niwton Leal Filho, foi realizado um memorial no último domingo (01/dez), no Bosque da Ciência. Atendendo a um desejo de Niwton Leal, familiares e amigos decidiram honrar e eternizar sua memória de forma especial. As cinzas de sua cremação foram depositadas em uma cova onde foi plantada uma muda de Acácia, a árvore favorita do pesquisador.
“É importante pensar neste espaço como um espaço para preservar a memória do Niwton, como uma representação da colaboração de tanta gente que vem fazer sua pesquisa e sua vida na Amazônia”, destacou o coordenador de Extensão do Inpa, o pesquisador George Rebelo.Emoção, música e recordações marcaram o memorial de Niwton Leal Filho. Ele nasceu no dia 07 de maio de 1959, na pequena cidade de Baixo Guandu, no interior do Espírito Santo. Graduou-se em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), em 1983, e chegou a Manaus em 1985, para um estágio de um ano no WWF, ingressando no Inpa no ano seguinte.
No Inpa, uma das instituições de pesquisas mais importantes sobre a Amazônia, Niwton Leal trabalhou por 30 anos na área de Ecologia com temas ligados à regeneração natural da floresta, manejo florestal sustentado, recuperação de áreas degradadas e banco de sementes. Durante a carreira, fez mestrado em Ciência Florestal (UFV /1992) e doutorado em Ecologia pela Universidade de São Paulo (USP/2000).
Segundo a coordenadora-geral de Pesquisa, Capacitação e Extensão do Inpa, a pesquisadora Sônia Alfaia, o Bosque foi o local escolhido por ser um fragmento florestal no coração de Manaus, cidade que Niwton Leal escolheu para viver e trabalhar. “Segundo suas palavras [Niwton], ‘Manaus me deu tudo na vida; me proporcionou realização profissional, uma família maravilhosa e bons amigos’. Sim, ele tinha muitos amigos, pois plantava o bem querer no coração de todos que tiveram o privilégio da sua convivência, sempre com a sua risada característica. Descanse em paz, meu amigo, você estará sempre nas nossas lembranças e corações”, contou Alfaia.
Sobre a Cassia grandis
Usada na arborização urbana e em regeneração de áreas degradadas, a muda de Cassia grandis, também conhecida como acácia, marimari e cassia-grande, foi plantada na área da Ilha da Tanimbuca. A árvore nativa da Amazônia cresce até 30 metros de altura e suas flores são das cores rosa, alaranjada ou branca. A muda foi doada pelo Instituto Soka.