Notícias
Direção do Inpa instala Comissão Permanente de manejo da área arborizada do Instituto
Visita da Comissão no campus 1 do Instituto. Foto Pedro Felipe - Ascom Inpa
A Direção do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) constituiu uma Comissão Permanente para manejo da área arborizada dos campi da instituição. A comissão está responsável por elaborar um plano de manejo e avaliar a necessidade de poda ou supressão vegetal na instituição.
De acordo com o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira, uma das primeiras atividades da Comissão será fazer um documento de orientação e regras para os serviços de limpeza, jardinagem e poda de árvores. A comissão vai se reportar diretamente à Comissão de Apoio Técnico e Logístico (Coatl), responsável pelo contrato da empresa terceirizada de limpeza e conservação no Inpa.A primeira reunião da Comissão aconteceu no dia 04 de julho, na sala da Diretoria, seguida por uma visita a algumas áreas do Campus 1 do Inpa. Além do diretor, participaram da reunião a coordenadora-geral de Pesquisa, Capacitação e Extensão, Sônia Alfaia, o coordenador da Coatl, Otaíde Picanço, e alguns membros da Comissão: o coordenador de Tecnologia e Inovação, Newton Falcão, os pesquisadores Paulo Maurício, Sidney Ferreira e Michael Hopkins, conhecido como Mike.
“Esta é uma comissão técnica e de aconselhamento da administração sobre o manejo da vegetação do Inpa. Aqui no Campus 1, temos uma área de fragmento florestal que é um experiência urbanística única, onde estão os prédios nos quais trabalhamos, árvores e animais, todos convivendo juntos”, destacou Henrique Pereira.
Cada um dos três campi do Inpa tem suas próprias características, que devem ser levadas em consideração para a elaboração do plano de manejo. Pereira lembra que no Inpa há uma vegetação especial, inclusive com algumas plantas sendo objeto de estudos científicos e outras que são fonte de alimento para a fauna livre. Há ainda plantas exóticas invasoras como as jiboias, que são muito agressivas e precisam ser retiradas, e existem também plantas desvitalizadas com potencial de oferecer danos ao patrimônio.
O curador do Herbário, pesquisador Mike Hopkins, informou que está trabalhando com um estudante da iniciação científica numa revisão e ampliação da lista das espécies do campus do Inpa, agora com georreferenciamento. Os dados são informatizados e inseridos no Programa Brahms (Botanical Research And Herbarium Management System), sistema utilizado pelos principais Herbários.
“A partir desta base podemos ter não só dados da flora, lista de espécies, fotos e relatórios, mas também inserir informações sobre a situação de risco. Outra vantagem é que com esse mapeamento podemos no futuro pensar em desenvolver aplicativos de interação com o público que nos visita. Isso será possível instalando chips nas plantas, como já ocorre em parques da Inglaterra”, destacou Hopkins.
Saiba Mais
O planejamento arquitetônico do campus do Inpa, mais especificamente onde está a sede do Instituto (campus 1), na então Estrada do Aleixo, leva a assinatura do famoso arquiteto Severiano Porto. A arborização e ajardinamento da sede ficaram a cargo do arquiteto e paisagista Burle Marx. Iniciado em 1970 e concluído em 1973, o complexo ficou conhecido na época como "Cidade da Ciência". No decorrer dos anos, outras áreas foram incorporadas.
Boa parte da vegetação do campus é fruto de reflorestamento por parte de pesquisadores, técnicos e assistentes de campo do Inpa. Durante expedições realizadas para diversas localidades da Amazônia, os profissionais trouxeram sementes de plantas nativas para serem plantadas na nova sede da instituição.
PORTARIA INPA Nº 220, de 24 de junho de 2024 - Comissão Permanente para manejo da área arborizada dos campi do Inpa.