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Comunidade do Inpa recebe ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação Luciana Santos
Crédito: Camila Barbosa / Ascom Inpa
Luciana Santos esteve em Manaus para participar da abertura da Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação da Região Norte, que acontece até esta sexta (19), na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e fazer articulações interinstitucionais com o governo do Amazonas. Os encaminhamentos dessa etapa preparatória serão levados para a 5ª CNCTI, de 4 a 6 de junho, em Brasília-DF.
Além de ouvir da própria ministra a plataforma política para o setor, o encontro no Inpa oportunizou uma breve apresentação do Instituto, que tem uma trajetória científica de 70 anos na Amazônia. A pesquisadora Maria Teresa Piedade falou sobre as pesquisas realizadas pelo instituto e a técnica Erika Gomes, do Laboratório de Vetores de Malária e Dengue, leu uma carta de reivindicação dos servidores do Fórum Nacional de CT&I.
“Este também foi um momento para homenagear a ministra, primeira mulher a ocupar este cargo, e a todas as mulheres da ciência do nosso país”, destacou o diretor, o professor Henrique Pereira, nomeado há cinco meses para a gestão do Inpa.De acordo com Luciana Santos, o Brasil precisa conhecer sua riqueza, seu patrimônio. “O que o Inpa desenvolve, além dos seus projetos estratégicos, como na área de monitoramento de carbono, discussão do controle climático, e projetos fundamentais como na área da biodiversidade e biotecnologia, são ativos valorosos para o nosso Ministério e para o nosso país”, destacou.
Para homenagear a ministra e as mulheres cientistas, o Inpa preparou alguns momentos simbólicos: mulheres sentadas no centro do auditório, mulheres com a palavra e produtos que representam resultados de pesquisas do Inpa e o potencial da bioeconomia da Amazônia. Entre estes, cogumelos comestíveis coletados no campus do Inpa, quadro com reprodução de pintura à mão de palmeiras de açaí do ilustrador botânico Felipe França, biojoias de jarina, geleia de puruí, abacaxi regional desidratado e taioba cozida.
Recuperação do setor
A ministra ressaltou que o governo trabalha forte para recuperar o setor, e uma das principais frentes foi o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que é o principal fundo setorial do país para fomentar C&T. “Agora vamos ter R$ 12,8 bilhões, e desses R$ 3,4 bilhões são para o Programa Pró-Amazônia para os próximos anos”.
Luciana Santos destacou ainda que o Brasil tem que lutar com muita força contra a dependência externa para sermos um país autônomo e soberano. “A ciência e tecnologia vão na direção de nos tornarmos autônomos. E um dos instrumentos da agenda da industrialização é transferência tecnológica, compras públicas e conteúdo local, que são ferramentas pilares de um projeto de nação autônoma na medida em que a gente quer se reinserir nas cadeias globais”.