Notícias
Atividades do PCE marcam reabertura da área do Lago Amazônico do Bosque da Ciência
Atividades educativas na área do Lago Amazônico. Foto: Igor Souza/PCE.
No último sábado (22/04), o Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) reabriu para visitação e acesso a toda a área do Lago Amazônico, o importante atrativo estava fechado para melhorias. A reabertura foi celebrada com atividades educativas oferecidas pelo Programa Ciência na Escola (PCE) do Bosque da Ciência.
A programação especial realizada pelo PCE contou com exposições sobre as Mudanças Climáticas, bate-papo sobre o Cauxi - nossa esponja d’água doce, com o jogo Fauna Livre do Bosque, a oficina de pintura Colorindo o Bosque e a oficina de corte e colagem Monte Seu Próprio Jacaré.
O público infantil marcou presença, a estudante Maite Sicsu, que visitou o Bosque pela turma da escola - Igreja Batista contou sobre sua experiência: “Estou gostando de cortar o jacaré, desenhar, colorir e passear, tem muitas coisas pra fazer aqui, vê os animaizinhos”.
As famílias também compareceram, como a Marizete Cezario que veio com seu filho Paulo Levi, “A gente se programou pra vir hoje aqui, porque vimos pelas redes sociais que o lago seria reaberto. Estamos animados, está sendo muito bacana”. A visitante Jessica, que veio prestigiar a programação especial com sua família, se encantou com o lago “É muito importante preservar, sempre cuidar, não deixar a fauna morrer, mas sim preservar para sempre viver”.
Revitalização do Atrativo
A recuperação do Lago Amazônico foi fruto da articulação feita pela direção do Inpa junto a prefeitura de Manaus, através da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). A intervenção teve como propósito a melhoria da qualidade ambiental do lago para a conservação da fauna e flora locais, e melhorar a vivência dos visitantes. As informações são da Seminf e do Serviço de Apoio às Áreas de Visitação (Seaav) do Inpa, responsável pelo Bosque.
Após avaliação dos técnicos da prefeitura e da Divisão de Engenharia e Arquitetura (Diear) do Inpa, que estiveram in loco, o mais prudente foi durante as obras fechar a parte sul da visitação das trilhas interpretativas que dão acesso ao Lago, aos Viveiros dos Jacarés e ao Cequa. O atrativo ficou interditado por aproximadamente dois meses e meio, desde o dia 11 de abril.
A rede de drenagem estava obstruída e assoreada, provocando o transbordamento das caixas coletoras e prejudicando o lago e a fauna e flora ali residentes. A prefeitura realizou o desassoreamento da rede com uma tubulação de 1 metro de diâmetro, limpeza e recuperação dos tubos. Também foi implementada contenção com rip-rap nas laterais do lago.
O titular da Seminf, Heliatan Botelho, detalha “O trabalho que ocorreu em parceria com o Inpa envolveu uma média de 10 pessoas na ocorrência. É um serviço bem artesanal mesmo. Nós utilizamos retro, escavadeira e mini escavadeira, e, basicamente, a maior parte do serviço foi feito manualmente.”
“Envolvemos nossa equipe nessa demanda, conforme determinou o prefeito David Almeida, porque a gestão preza por trabalhos integrados que venham a beneficiar a vida, a pesquisa e a cultura na nossa capital", destaca o secretário.
O Chefe do Seaav, Jorge Lobato, ressalta a importância da iniciativa “Para nós do Bosque da Ciência é uma satisfação essa reabertura, porque é um atrativo que faz parte do nosso roteiro. Valeu a pena esse tempo que ficou fechado, porque foi feito um bom trabalho, fica nosso agradecimento a todo corpo técnico da prefeitura e da Diear do Inpa que fez todo o acompanhamento. Isso consolida um esforço institucional, com parcerias, pois para a disseminação do conhecimento e popularização da ciência é importante que o Bosque esteja com as suas estruturas em condições de receber os visitantes”.
Sobre o Lago Amazônico
O Lago Amazônico está localizado na parte mais baixa da floresta ( baixio) do Bosque da Ciência do Inpa e proporciona aos visitantes um ambiente aberto, espelho d'água seminatural habitado por quelônios (tracajás, tartarugas-da-amazônia, tartarugas, iaçás e matamatás), peixes (tambaquis, tucunarés, pirarucus, entre outros), insetos aquáticos, anfíbios, moluscos, além de aves aquáticas e numerosas espécies de macrófitas aquáticas, que são plantas características de lagos amazônicos.
Na floresta secundária do Lago Amazônico, e na ilhas de bambus é possível notar a presença de palmeiras que se desenvolveram ao redor do lago, também pode ser visto macacos, pássaros, borboletas, e outros representantes especiais do flora do Bosque, como trepadeiras, orquídeas e bromélias.
O lago é uma atração de fácil acesso estando na porção sul do Bosque, onde os visitantes podem descansar, desfrutar da paisagem e absorver as vantagem de estar em contato diretamente com a natureza, aprendendo e observando as especiais ali presentes.