NANORAD’s - Recursos e visão estratégica da tecnologia para a Amazônia
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Recursos e visão estratégica da tecnologia para a Amazônia
Em um Convênio (N⁰ 01280.000662/2022-67) com investimento da empresa Shell Brasil de R$ 4 milhões, a participação de duas startups de tecnologia (Kriltech e Treevia) e a administração de recursos realizada pela Fundação Arthur Bernardes (Funarbe), o projeto Nanorad’s investiga o efeito da nanomolécula - a arbolina - em plantios florestais para recuperação de áreas degradadas e impactadas pelo desmatamento na Amazônia Legal. Atualmente, 38% da floresta amazônica sofre com algum tipo de degradação, gerando-se quase sempre grande passivo ambiental.
O projeto NANORAD’s tem como espécie-chave a castanheira-da-Amazônia (Bertholletia excelsa), uma das espécies arbóreas nativas mais promissoras para a instalação de plantios florestais em diferentes condições Amazônicas devido à sua plasticidade fisiológica e por fornecer múltiplos produtos, como amêndoas, óleo e a madeira.
“Nosso desafio é aperfeiçoar um pacote de tecnologia para transformar áreas improdutivas em áreas de produção e impulsionar o setor florestal na Amazônia, contribuindo para estabelecer e fortalecer cadeias produtivas de espécies arbóreas nativas com potencial econômico”, destacou o pesquisador do Inpa e coordenador do projeto, José Francisco de Carvalho Gonçalves. “Nós estamos diante de um importante mercado global associado ao plantio de árvores que é o mercado verde dos créditos de carbono e, utilizar áreas já degradadas para estes plantios, vai ao encontro da sustentabilidade na origem da bioeconomia”, disse o Dr. Gonçalves.
A arbolina, um biofertilizante capaz de aumentar a tolerância das plantas ao estresse e a assimilação de carbono, será pulverizada nas folhas das plantas cultivadas em três sistemas de plantios: puro de castanheira, plantio misto (castanheira e ingá - uma espécie fixadora de nitrogênio) e Sistema Agroflorestal - SAF (castanheira, ingá, banana e cacau). Todo o processo será monitorado por sensores que fornecerão dados de crescimento em tempo real para os laboratórios associados ao Laboratório de Fisiologia e Bioquímica Vegetal do Inpa.
Este projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) envolve pesquisadores de instituições dos nove estados da Amazônia Legal, e utiliza recursos destinados pela Agência Nacional de Petróleo - ANP via a empresa petrolífera Shell Brasil e tem como expectativa criar um centro de referência para a Recuperação de Áreas na Amazônia.