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Transferência de tecnologia
Participaram da assinatura, deste que é o primeiro acordo de cooperação tecnológica firmado entre o Mercosul e o governo do Japão, o presidente do Inmetro Armando Mariante; o embaixador Lauro Barbosa da Silva Moreira, diretor Geral da Associação Brasileira de Cooperação; o representante da Jica no Brasil, Hyogen Komatsu além de convidados.
Armando Mariante, durante a cerimônia de assinatura, disse que o Japão conta com a tecnologia, sobretudo de embalagens “É seu estado da arte”, afirmou.
Explicou também que na medida que os produtos do Brasil e do Mercosul estiverem corretamente embalados o assunto girará em torno da competitividade, um tema prioritário do Inmetro. E concluiu: “Competitividade significa informação e tecnologia. Com esse acordo estamos concretizando mais um passo institucional.”
Um problema crucial no transporte de produtos industrializados é a utilização de embalagens inadequadas, o que leva a perdas significativas dos produtos. Por isto, o Inmetro e o INT assinaram na sede do Inmetro, um acordo que vai permitir a transferência de tecnologia japonesa para os países do Mercosul e adequar as embalagens de produtos industriais para minimizar o índice de perdas durante o transporte por estradas.
O Japão tem larga experiência nos setores de embalagens e transportes, inclusive se valendo de um processo de otimização que determina qual embalagem deve ser utilizada para rotas distintas, no caso de grandes diferenças de estado de conservação destas vias no que tange à vibração e condições ambientais com temperatura e umidade, principalmente no caso de produtos de alta qualidade.
Cada produto deve ter sua embalagem adequadamente projetada e especificada, levando-se em consideração as rotas e os meios de transporte utilizados, fatores que causam danos às mercadorias durante a distribuição e que se afiguram hoje cada vez mais complexos e interativos, requerendo processos de medição cada vez mais sofisticados. No Mercosul a disponibilidade, tanto de especialistas como de equipamentos e instrumental de medição, neste campo ainda é escassa. Devido a isto e à falta de material de acondicionamento próprio para o transporte de mercadorias, algumas empresas reforçam as embalagens muito além do necessário ou, o que é pior, reembalam os produtos nos seus destinos. Como consequência, seus custos de distribuição sobem demasiadamente, o que lhes tira a competitividade.
Este acordo pode ser o ponto de partida para a redução dos altos custos incidentes sobre o transporte de mercadorias, porque os índices de perdas atingem a faixa de 15% do valor do produto. Este índice de perdas não diz respeito às embalagens danificadas mas aos produtos nelas acondicionados.