Notícias
Inmetro e UFMG
Tecnologia desenvolvida no Inmetro e UFMG chega ao mercado
O Inmetro acaba de assinar dois importantes contratos de licenciamento da tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Divisão de Metrologia de Materiais (Dimci/Dimat), em parceria com o Laboratório de Nanoespectroscopia (LabNS), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os acordos foram assinados com a FabNS, spin-off do UFMG, que vai explorar comercialmente tecnologias desenvolvidas pelo instituto. Isso quer dizer que as empresas vão investir na comercialização do produto, e o Inmetro receberá, em troca, recursos que poderão ser aplicados em outros projetos de inovação.
Segundo Ana Carolina Pinto, pesquisadora do Inmetro, o projeto cursou a trajetória clássica da inovação, do fomento até o licenciamento, com cada etapa agregando valor à tecnologia. ”Foi um projeto que percorreu o caminho da inovação, desde a bancada até chegar, bem mais madura, ao mercado, para uma empresa comercializar”, comentou.
A invenção consiste no desenvolvimento de sondas opticamente eficientes, para uso na técnica de Nanoespectroscopia Raman (TERS, do inglês “tip-enhanced Raman spectroscopy”). Um método que intensifica de forma reprodutível e controlada a eficiência óptica da sonda de TERS, ou seja, aumenta sua capacidade de gerar imagens e espectros ópticos na escala Nano.
Com isso, o dispositivo não só melhora a qualidade dos resultados obtidos com a técnica, trazendo novas possibilidades de pesquisa e desenvolvimento, como também abre portas para o estudo pioneiro da metrologia em TERS.
“A sonda é o coração da técnica, o instrumento que permite a quebra do limite de resolução, gerando imagens ópticas e espectroscópicas dentro da escala nanométrica. Pode-se pensar nela enquanto uma ponteira que confina a luz em seu ápice, como uma nano fonte de luz. Usando-a bem próxima da amostra, é possível gerar imagens cuja resolução passa a ser relacionada ao tamanho de seu ápice, neste caso 10 nm, bem superior aos aproximadamente 300 nm, limites das técnicas convencionais”, explicou o pesquisador da Dimat, Thiago Vasconcelos, um dos idealizadores do projeto.