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Selos de qualidade
A partir de setembro, o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) vai mudar o desenho e as cores do selo de certificação, para que o consumidor identifique com maior rapidez qual a garantia assegurada pelo selo: saúde, segurança ou meio ambiente. O diretor Alfredo Lobo, da Diretoria de Qualidade do Inmetro, acredita que, além de melhorar a informação para o consumidor, a novidade vai diminuir ainda mais a possibilidade de falsificação do selo. — Hoje, o selo do Inmetro tem apenas um desenho e uma cor. Fizemos uma pesquisa e comprovamos que 87% dos consumidores pesquisados identificavam o selo como confiável. É justamente o fato de o selo do Inmetro ter confiabilidade que o torna alvo de falsificação. É muito difícil o consumidor distinguir um selo falso — explica Lobo.Brinquedos baratos e camisinhas têm mais selos falsificadosO diretor explica que quem fiscaliza o uso do selo dos 45 produtos com certificação obrigatória são os Institutos de Pesos e Medidas (Ipem) dos estados. Segundo Lobo, em 2000 foram fiscalizados 12 milhões de produtos; em 2001, foram 22 milhões; e, em 2002, 33 milhões. Já o índice de produtos sem o selo diminuiu: em 2000 foram 2,7%, em 2001, a proporção caiu para 2,4% e em 2002 foram 2,48%.— Os produtos com mais problemas de selos falsificados são brinquedos e preservativos (camisinhas) — diz.O diretor do Inmetro explica que eram encontrados muitos extintores de incêndio com selos falsos. Para acabar com isso, o Inmetro modificou o selo, que passou a ser holográfico e com um número de série, e mudou a metodologia de certificação. Agora, apenas uma fábrica faz o selo. O fabricante do extintor tem que requerer ao Inmetro a quantidade de selos para a produção prevista de extintores. E tudo isso é controlado pelo Inmetro.— Com essas mudanças, nunca mais encontramos selos falsos em extintores. Mas, para brinquedos e camisinhas, é mais difícil a mudança do selo porque estes produtos são mais baratos e, se você faz um selo holográfico, encarece o produto — explica o diretor.Novos selos serão para saúde, segurança e meio ambienteA falta do selo de certificação de segurança levou o Ipem a apreender 90.951 brinquedos no Brasil em 2001. Até outubro de 2002, foram apreendidas 94.361 unidades, cerca de 2% dos 200 milhões de brinquedos fabricados anualmente. — Em geral, os selos falsos são mais encontrados nos brinquedos mais baratos.Lobo diz que, no caso das camisinhas, o Inmetro vem trabalhando com o Ipem e com a Polícia Federal. Foram encontrados camisinhas falsificadas e com selos falsos em Santa Catarina, onde uma quadrilha foi presa, e no Centro-Oeste:— O consumidor deve procurar comprar camisinhas em estabelecimentos tradicionais e ficar atento, pois se o preço for 20% a 30% mais baixo do que a média do mercado, isso pode ser indício de falsificação.Gustavo José Kuster, gestor de projetos de qualidade do Inmetro, explica que os novos selos ficarão divididos em três classes. Um deles será uma declaração de qualidade do fornecedor com o aval do Inmetro e a empresa terá que cumprir normas determinadas pelo Instituto. O outro, da certificação voluntária: o fornecedor pede para que o Inmetro certifique o produto, tem que cumprir as normas determinadas e passará por inspeções e auditagem de institutos independentes. O selo trará o que está sendo certificado (saúde, segurança, meio ambiente) e terá o nome do instituto. O terceiro é o da certificação obrigatória. O fabricante tem que cumprir as normas do Inmetro, os produtos são auditados e inspecionados com freqüência e os Ipems fiscalizam o uso do selo.
Defesa do Consumidor
Onde Reclamar : O Instituto de Nacional de Metrologia atende às denúncias sobre produtos com peso diferente do que consta na embalagem e aqueles sem o selo do Inmetro. Cartas para a Rua Santa Alexandrina 416, telefones 2563-2924 ou 2563-2948.