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Recordes históricos em 2005
Do lado das exportações, o grande destaque de 2005 foram os manufaturados, produtos com alto valor agregado, cujo aumento de 23,5% sobre o mesmo período de 2004 se deve ao aumento das quantidades embarcadas e não à elevação dos preços internacionais. Nesta categoria, destaque para o crescimento de celulares (+99,6%), veículos de carga (+50,4) e automóveis (+31,6%).
Além disso, os produtos manufaturados foram os que mais contribuíram para a elevação das exportações de 2005 sobre 2004, ao gerar acréscimo de divisas de US$ 12,197 bilhões, seguido dos básicos (+US$ 6,204 bilhões) e semimanufaturados (+ US$ 2,530 bilhões). Com este bom desempenho, as manufaturas já respondem por 55,1% da pauta de exportação brasileira.
Já os básicos e os semimanufaturados, no ano passado em comparação com 2004, tiveram os crescimentos de 22,2% e 19,3 %, respectivamente, influenciados pelo aumento dos preços externos. No período, os preços dessas categorias de produtos evoluíram 12%, ao passo que o crescimento das quantidades embarcadas foi de 6,3 % e 6,0 %, respectivamente.
Minério de ferro (+98,8%), carne de frango (+51,7%) e petróleo em bruto (+41,9 %) foram os principais produtos básicos exportados. No caso das semimanufaturas destaque para celulose (+117,5%), açúcar em bruto (+12,1%) e ferro fundido (+27,7%).
Por segmento, o de material de transporte, com US$ 19,1 bilhões e participação na pauta de 19,2%, foi o principal setor exportador do ano passado, seguido de produtos metalúrgicos (US$ 12,6 bilhões e participação de 10,7%) e complexo soja (US$ 9,5 bilhões e participação de 8%).
Por mercados de destino, o aumento para regiões não tradicionais como Europa Oriental (+55,8 %), África (+41,4%) e Ásia (+27,9%), mostram que a diversificação de mercados teve prosseguimento em 2005 se tornando um fator importante para a alta das exportações no ano passado. Os principais países de destino de nossos produtos foram Estados Unidos (US$ 22,7 bilhões), Argentina (US$ 9,9 bilhões) e China (US$ 6,8 bilhões).
Outro fator importante no ano passado foi o aumento, se comparado com 2004, das vendas externas de estados com pequena participação na pauta. Neste período, das vinte e sete Unidades da Federação, dezessete registraram taxas de expansão superior a das exportações brasileiras de 23,1%. Distrito Federal (+106%), Amazonas (+86%) e Amapá (+63,9%), foram os estados com o maior crescimento relativo.
No caso das importações, todas as categorias de produtos obtiveram crescimentos em 2005: bens de capital (+27,4%), bens de consumo (+24,2%), combustíveis e lubrificantes (+16,2%) e matérias-primas e intermediários (+13,1%).
Com estes resultados recordes, a corrente de comércio brasileira (exportação + importação) atingiu um novo patamar superando os US$ 190 bilhões em 2005, valor 20,9% superior aos US$ 159 bilhões de 2004.
Dezembro
O mês de dezembro fechou com bons resultados. Após 22 dias úteis, o saldo na balança comercial registrou US$ 4,346 bilhões, valor superado apenas pelo mês de julho de 2005, que contabilizou US$ 5,005 bilhões. Neste mesmo período, as exportações chegaram à casa de US$ 10,897 bilhões, cifra recorde para meses de dezembro, enquanto que as importações totalizaram US$ 6,551 bilhões, resultado recorde também para o mesmo período. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), tanto as vendas externas como as compras apresentaram crescimento, de 23,9% e 20,4%, respectivamente, na comparação com dezembro de 2004.
Em relação às categorias de produtos exportados, os básicos se destacaram com aumento nas vendas de 49,8%, frente o mesmo período de 2004. O bom desempenho justifica-se pelas exportações de soja em grão, minério de ferro, fumo em folhas, dentre outras mercadorias. No caso dos semimanufaturados, o crescimento foi de 26,2% em razão das vendas externas de celulose, alumínio bruto, ferro fundido e couros e peles. Os manufaturados evoluíram 14,3%, valor ressaltado pelas exportações, entre outros, de aparelhos transmissores e receptores, motores e geradores, veículos de carga, automóveis.
A China destacou-se como um dos principais países compradores de produtos brasileiros e ampliou sua participação em 102,3%, se comparado com dezembro de 2004. Esse crescimento pode ser justificado pelo maior consumo de minério de ferro, fumo, petróleo, soja em grão, dentre outros produtos brasileiros. Entretanto, alguns mercados não tradicionais também apresentaram aumento na participação na pauta brasileira. É o caso, por exemplo, da Croácia (291,2%), Etiópia (270,3%) e Bangladesh (256%) que registraram ampliações nas compras de produtos nacionais.
A corrente de comércio, justificada pela soma das exportações e importações, totalizou US$ 17,448 bilhões, recorde histórico para meses de dezembro.