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Química e a bola de futebol
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Em 1996, foi concedido o Prêmio Nobel de Química aos descobridores dofullereno e dos nanotubos. No entanto, devido à limitação regulamentar doPrêmio Nobel, apenas três dos que contribuíram para a síntese original ecaracterização do fullereno foram agraciados - Richard E. Smalley, HarryKroto e Robert F. Curl Jr. |
A descoberta do fullereno, C60 , e a definição de sua estrutura esférica, com 12 pentágonos e 20 hexágonos, que lhe atribuem simetria perfeita, idêntica à da bola de futebol, seguida da preparação de nanotubos cilíndricos de folhas de grafeno enroladas em forma de cilindro, com diâmetros da ordem de 1 nanômetro; e as cordas, que são agregados contendo 100-150 nanotubos, com paredes de camada única e diâmetros de 13,8 A, e centenas de micrômetros de comprimento, com resistividade não menor do que 3,4´ 10- 5 ohm× cm, abriu a nova era do carbono, com aplicações diversas.
- Nesse campo de pesquisa iniciado pela motivação que proveio da astrofísica, a descoberta dos fullerenos e suas aplicações evoluiu para a ciência dos materiais, com aplicações já comprovadas, por exemplo, em lubrificantes e mais significativa, na indústria automotiva, onde já estão sendo usados para fabricação de pneus, como aditivos para borracha natural que lhe incrementa a adesão a diferentes superfícies de estradas; em especial, para pneus de carros de corrida. Outro campo aberto é o da medicina, no qual são experimentados fullerenos endoédricos, com raio adequado, que se tornariam inibidores do HIVP; outra aplicação comprovada é a do C60 como aditivo a creme, na qual tem-se mostrado eficaz como anti-oxidante, no tratamento da pele, após cirurgia de câncer de pele, explica o chefe do Laboratório de Eletroquímica do Inmetro, Paulo Paschoal Borges.
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A cientista carioca Aida Espinola, em abril de 2006, foi agraciada, pelo CNPq, com o título de Pesquisadora Emérita do CNPq, a mais alta posição na hierarquia científica brasileira, em reconhecimento aos serviços prestados ao desenvolvimento da ciência e tecnologia no Brasil, que foi entregue pelo vice-presidente da República, José Alencar. |
Aída é graduada em Química Industrial (1941) e em Engenharia Química (1954) pela Universidade do Brasil. Em 1958, completou o Mestrado em Química Analítica, na University of Minnesota, e em 1974, terminou o Ph.D. na Pennsylvania State University. Em 1955, tornou-se professora de Química na Escola de Química, mais tarde no Instituto de Química da UFRJ (de 1981 a 1990) e professora do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (COPPE/UFRJ). Áreas de atuação: Eletroquímica Aplicada (pilhas a combustível e baterias) e Química do Meio Ambiente (descontaminação de efluentes industriais). Têm publicado cerca de 175 trabalhos; foi editora, autora e co-autora de 12 livros.
Paulo Borges é graduado em Engenharia Metalúrgica pela UFRJ, com mestrado e doutorado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais também pela UFRJ. Há três anos é pesquisador-colaborador da Divisão de Metrologia Química do Inmetro. Áreas de Atuação: Medições de pH, condutividade eletrolítica e implantação do método primário de coulometria.
Leia o artigo:
Ciência e Tecnologia – Fullereno, C60 , Buckybola e +Teamgeist 2006
(PDF)