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Inmetro tem duas patentes concedidas e deposita outras duas tecnologias de interesse da indústria de biotecnologia
O Inmetro acaba de ter duas patentes concedidas e depositou outros dois pedidos de patentes, tecnologias de interesse da indústria de biotecnologia, para detecção e estudo do vírus SARS-CoV-2.
Uma das patentes recém depositadas foi desenvolvida pela startup Gcell Cultivo 3D e consiste em uma plataforma automatizada para fabricar biotecidos 3D, a partir de células pulmonares humanas, que propicia o estudo da interação do novo coronavírus com os pulmões.
“A tecnologia foi desenvolvida para funcionar como modelo experimental para estudo do vírus da Covid, mas pode também ser utilizada para estudo de outras doenças e microrganismos que afetam o tecido respiratório. O modelo é útil para laboratórios de pesquisa e indústrias farmacêuticas que pesquisam novos medicamentos para esse tipo de tecido”, comenta a pesquisadora e biomédica Leandra Baptista.
“Há uma tendência crescente em utilizar modelos experimentais 3D, uma vez que é uma prática alinhada à demanda mundial de substituição de modelos animais e também à necessidade de prover métodos de ensaios de testes de drogas mais rápidos, como vimos na busca de drogas durante a pandemia”, explica Ana Paula Azevedo, da Ditec.
O objetivo é que a plataforma atenda a diversos cientistas nos estudos voltados para o mecanismo de entrada do Sars-CoV-2 no organismo, e à indústria farmacêutica na realização de testes de novas substâncias, candidatas a novos medicamentos. A pesquisa utilizou a infraestrutura do Laboratório de Bioengenharia Tecidual (Labio).
Desenvolvido por pesquisadores da Divisão de Metrologia de Materiais (Dimci/Dimat) em parceria com Universidade Federal Fluminense (UFF), e outras instituições, o biosensor contribuirá para uma avaliação rápida e precisa na detecção do coronavírus. O estudo, no Inmetro, foi liderado por Braulio Arcanjo.
As duas outras patentes, concedidas no final de novembro e em dezembro deste ano, foram desenvolvidas no Labus (laboratório de Ultrassom do Inmetro), sob coordenação do pesquisador Rodrigo Félix.
Uma delas refere-se a um método para avaliação de aquecimento de Transdutores de Ultrassom utilizados em aparelhos de fisioterapia. A tecnologia está transferida para a empresa Gomes Moraes Serviços em Metrologia desde 2019. A outra trata de um sistema e um método capaz de determinar com precisão o ponto final da reação de produção de biodiesel a partir de óleos vegetais e se encontra disponível para licenciamento.
Importante ressaltar que o Inmetro termina o ano com um total de 13 patentes concedidas no Brasil, além de mais seis aguardando publicação ou exame. O instituto também possui outras 5 patentes concedidas no exterior, com mais 4 aguardando exame, além de 9 registros de software.