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Inmetro na Firjan
Alfredo Lobo destacou a interdependência do Inmetro e da ABNT. As atividades do Inmetro são fortes alavancadores do uso das normas técnicas e estas são o insumo central das atividades do Instituto. “A atividade central do Inmetro é prover confiança nas medições e na conformidade de produtos e serviços em relação a normas e regulamentos”.
O Inmetro foi criado e centrado no apoio e alavancagem da competitividade da empresa brasileira. Tem um conjunto de atividades e de tecnologia industrial básica que são fundamentais para melhorar a qualidade dos produtos e serviços e aumentar a produtividade da empresa brasileira. Além de desenvolver um trabalho de proteção ao cidadão, sobretudo em relação aos aspectos de saúde, segurança e meio ambiente, sempre baseado em normas técnicas.
O diretor lembrou ainda que o Inmetro “atua nos dois lados das relações de consumo: de um lado apóia a empresa brasileira no sentido de aumentar sua competitividade; e do outro desenvolve um trabalho de apoio ao consumidor. Porque entendemos que estas atividades não são antagônicas mas complementares”, afirmou.
O consumidor é também um alavancador, na medida em que faz opções de compras e isto acaba privilegiando as empresas que têm produtos com qualidade.
Segundo Lobo outra razão de ser do Inmetro é o fortalecimento do mercado interno e o acesso ao mercado externo pela empresa brasileira: “após o fenômeno da globalização da economia, na década de 80, e a abertura no início da década de 90, a questão do produto brasileiro ter acesso aos mercados tornou-se estratégica porque a economia não pôde mais ser protegida por tarifas. O produto tem que provar que atende aos requisitos de qualidade”.
Citou como exemplo o caso das frutas, em que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial, depois da Índia e da China, mas só tem 1% do mercado internacional. Os programas da avaliação da conformidade são criados para aumentar a participação do Brasil no mercado internacional. Hoje este é o principal desafio do Inmetro.
“O programa de política industrial do Governo Lula, lançado há dois meses, previu um orçamento de 300 milhões de reais para o Inmetro nos próximos três anos para desenvolver programas de avaliação de conformidade. O objetivo é também facilitar a cultura de avaliação da conformidade e da metrologia nas micro e pequenas empresas. O programa inclui aumentar a infra-estrutura de laboratórios acreditados no Brasil, principalmente os ligados à área da saúde e da alimentação”.
Para finalizar, Lobo destacou que, pela primeira vez, o Plano de Ação Quadrienal do Inmetro permite dizer claramente o que precisa, numa visão antecipada, em termos de padrões metrológicos, laboratoriais, e organismos acreditados. E discutir com a ABNT formas de ajudá-la a definir as normas técnicas. O que inclui até os repasse de verbas à ABNT para cumprir de forma eficaz a sua missão.
Também participaram da mesa de palestras Ângela Costa - presidente do Conselho de Gestão Estratégica para Competitividade (Firjan); Pedro Buzatto Costa, presidente da ABNT; Alan Bryden, Secretário Geral da ISO; Lilian Martinez, presidente da Associação Mercosul de Normalização; Eugênio Guilherme De Simone, Diretor Técnico da ABNT e Wilson Barbosa, da Petrobrás.