Inmetro e UFPE renovam acordo de cooperação para fiscalização de brinquedos

Laboratório da universidade será um centro de ensaios na área de segurança de produtos infantis

Publicado em 31/10/2022 10h05

O Inmetro e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) acabam de renovar um acordo de cooperação para a realização de ensaios em produtos infantis regulamentados pelo Instituto. No momento, está sendo desenvolvido um projeto piloto com brinquedos no Laboratório de Concepção e Análise de Artefatos Inteligentes (LaCa21) da universidade. A ideia é que esse projeto sirva de base para que o LaCa21 seja um centro de ensaios na área de segurança infantil.

Esse projeto conta com a metodologia desenvolvida pela UFPE que utiliza gabaritos impressos em impressora 3D tendo por base as normas de ensaios contidas no regulamento do Inmetro para partes pequenas de brinquedos. Com essa tecnologia e parceria, a ação de fiscalização torna-se mais ágil, mais eficiente e mais eficaz, pois permite viabilizar a verificação em curto espaço de tempo se o produto mantém suas características originais – aspectos intrínsecos - apresentadas no processo de certificação.

Essa iniciativa que dará mais agilidade e efetividade às ações de supervisão de mercado no escopo regulatório está alinhada ao Plano Estratégico do Inmetro.

Órgãos delegados

Por esse acordo, que tem período de vigência para mais 36 meses, será possível replicar a metodologia 3D e toda metodologia desenvolvida no projeto para os órgãos delegados (Instituto de Pesos e Medidas) que compõem a Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade (RBMLQ-I). Para tal, Inmetro e UFPE estão idealizando um minicurso, no formato EAD, para a capacitação dos profissionais que atuam na área de fiscalização pela RBMLQ-I).

Além disso, estuda-se estender essa ação de fiscalização para outros requisitos de brinquedos e outros produtos regulamentados pelo Inmetro.

Primeira ação

O pontapé desse projeto piloto foi a análise de 27 brinquedos certificados destinados a crianças de 0 a 3 anos. Os ensaios avaliaram a presença de partes pequenas dos produtos que podem causar risco de sufocamento aos usuários.

Apenas um produto apresentou irregularidade. O relatório de ensaio e notificação foram encaminhados ao fabricante do produto pelo Ipem-PE e, dependendo do retorno do fabricante, pode ser aberto processo administrativo.