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Inmetro e NIST (EUA) ampliam acordo sobre temas estratégicos
Representante do National Institute of Standards and Technology (NIST), órgão congênere ao Inmetro nos Estados Unidos, esteve na terça-feira (07), no Campus de Laboratórios do Inmetro, parte de uma programação de três dias. Liderado pela gerente sênior de Programas Internacionais, Magdalena Navarro, o encontro integra o acordo de cooperação técnica entre as duas instituições, para desenvolvimento de projetos conjuntos, sobretudo em temas relacionados à cibersegurança e inteligência artificial, no âmbito do Acordo Comercial Brasil - Estados Unidos.
“Temos um potencial muito grande de intercâmbio de experiências, sobretudo em tema relacionados ao clima, comunicação, saúde, infraestrutura e cibersegurança”, comentou Magdalena. Vale citar que no último dia 1º de novembro o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou decreto para regulamentar a inteligência artificial (IA) no país e designou ao NIST "definir os padrões rigorosos para testes extensivos de equipes vermelhas para garantir a segurança antes da divulgação pública.”
Além de diretores, servidores e colaboradores, a equipe do NIST foi recebida pelo coordenador-geral de Articulação Institucional, Jorge Cruz, e pelo presidente Márcio André Brito.
“Montamos uma equipe com experiência, competência, cheios de ideias para as demandas estratégicas na área internacional, como a parceria com o NIST. Queremos monetizar projetos, reverter em benefícios sociais, e transformar em ações de forma sustentável’, comentou Brito.
Anteriormente, na segunda-feira, a equipe do instituto dos EUA esteve no Distrito Federal, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, como parte da 21ª Plenária do Diálogo Comercial Brasil-EUA, mecanismo bilateral criado em 2006 junto com o Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
No evento, a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, anunciou a criação de um certificado eletrônico fitossanitário (e-phyto) que irá facilitar as exportações brasileiras de produtos de origem vegetal para os EUA, sobretudo frutas. “Uma experiência piloto para que os certificados sanitários possam ajudar a desburocratizar e a reduzir custos de comércio”, disse.
“Acertamos também parcerias em projetos internacionais de patentes e inovação, em áreas estratégicas como biodiesel, etanol, inteligência artificial e cibersegurança”, ponderou Magdalena.
Apoio setorial - Um dos temas abordados na terça-feira foi o projeto Scheme Support. “A ideia é criar, com base em experiências do próprio NIST, um programa de apoio a determinados setores da economia em que o Instituto não é regulamentador. Para que empresas, associações e regulamentadores desenvolvam seu próprio programas de avaliação de conformidade, com apoio técnico e capacitação do Inmetro”, comentou Alessandra Weyandt, chefe da Divisão de Verificação e Estudos Técnico-Científicos. O projeto também prevê a realização, no primeiro semestre de 2024, de um workshop conjunto com os EUA de boas práticas de regulamentação.