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Inmetro e Fenive fazem acordo para controle da cadeia do gás natural veicular
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e a Federação Nacional da Inspeção Veicular (Fenive) assinaram um acordo de cooperação técnica para o controle da cadeia do gás natural veicular (GNV) como combustível de veículos automotores.
Tal acordo deverá fazer estudos e desenvolver tecnologias em duas etapas: a primeira envolve o diagnóstico da situação e apresentar propostas viáveis para controle da cadeia do GNV. Já na segunda fase, ocorrerá o desenvolvimento do sistema de execução.
Desse modo, o motivo para realizar o acordo de cooperação entre Inmetro e Fenive se dá porque atualmente os organismos de inspeção acreditados (OIA), pela Coordenação-Geral de Acreditação (Cgcre) do instituto, não têm acesso a qualquer banco informatizado de dados unificados.
E, por conta disso, não conseguem fazer verificação de documentos nem a rastreabilidade dos cilindros e outros componentes dos sistemas de GNV instalados nos veículos rodoviários automotores.
Logo, isso gera grande risco de aprovação de veículos movidos à GNV com instalações irregulares.
Além disso, ainda não existe a verificação da autenticidade de atestados da qualidade, emitidos por instaladores registrados no Inmetro. O que pode levar a sistemas de GNV sem procedência.
De outra forma, também não há requalificadores registrados no instituto, podendo ocasionar riscos à segurança dos veículos movidos à GNV e principalmente de seus condutores.
Irregularidades
Levantamento da Federação Nacional da Inspeção Veicular constatou quase 60% da frota veicular, durante os abastecimentos em postos de GNV, estavam irregulares, com prazos de inspeções vencidas; ou sem nenhuma inspeção; ou ainda não legalizadas para o uso do GNV.
Em 2022, segundo a Fenive, foram feitas mais de 40 mil consultas, sendo que 96% dos veículos eram do RJ, que estavam sem as devidas fiscalizações.
Riscos de acidentes
“Dessa forma e considerando o risco de acidentes graves a que estão sujeitos os proprietários dos veículos, os motoristas, postos de abastecimento, instaladores, requalificadores e os OIA, faz-se necessária a adoção de soluções tecnológicas que permitam e auxiliem a rastreabilidade e o controle dos entes da cadeia do GNV”, disse o presidente do Inmetro, Márcio André de Oliveira Brito.
Para o presidente da Fenive, Everton Luiz Barbosa Pedroso, a celebração do acordo é importante para que haja rastreabilidade dos componentes dos sistemas de GNV, principalmente dos seus cilindros, de forma que seja possível a avaliação segura desses componentes quando ocorrerem as inspeções veiculares pelos órgãos de fiscalização.
Medidas e ações
As medidas previstas no acordo de cooperação servirão para consultar a autenticidade dos documentos emitidos pelos instaladores, requalificadores e OIA, possibilitando melhores gestão e fiscalização;
Dentre as ações previstas, consta a realização de diagnóstico a partir da análise dos dados gerados pelos bancos informatizados, pertinentes às inspeções de segurança veicular realizadas nos veículos.
E ainda o desenvolvimento de outras ferramentas informatizadas que serão capazes de verificar a situação da frota veicular circulante assim como sua regularidade técnica e formal.
A assinatura do acordo de cooperação técnica entre o Inmetro e a Fenive ocorreu no último dia 5 de março em Brasília.