Notícias
eficiência energética
Inmetro discute diretrizes do Programa de Etiquetagem com Japão, EUA, China, Comissão Europeia e África do Sul
Webinar abordou "Desenvolvimento das Diretrizes Transversais do Programa”, que completará 40 anos em 2024
Publicado em
18/04/2023 18h47
Atualizado em
24/04/2023 01h03
Líderes de diversas instituições nacionais e estrangeiras participaram, nesta terça-feira, 18 de abril, do primeiro Webinar "Desenvolvimento das Diretrizes Transversais do Programa Brasileiro de Etiquetagem: melhores práticas internacionais e aplicabilidade à realidade brasileira", promovido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O PBE, como é conhecido, está prestes a completar 40 anos e se consolidou como importante ferramenta do governo para transformar a indústria nacional, sob o ponto de vista sustentável e tecnológico, estimulando a fabricação de produtos mais eficientes e inovadores no mercado. Durante o evento, o foco foi a troca de experiências, que servirão de insumos para formalização das diretrizes transversais do Programa.
Entre os participantes do webinar estava Colin Tailor, da Clasp Internacional, ONG com ampla atuação na disseminação das etiquetagem no mundo, que abordou as melhoras práticas internacionais e ferramentas utilizadas em programas de etiquetagem em eficiência energética.
Kazuhiko Yoshida, da Energy Conservation Center (EECCJ), do Japão, abordou os objetivos, impactos e o monitoramento do Programa de etiquetagem japonês. Foi possível identificar como as metas do programa Top Runner se conectam com os objetivos e metas do mais alto nível estratégico do governo japonês, como a redução das emissões.
E Li Pengcheng, do Instituto Nacional de Normalização da China (CNIS), apresentou os principais fundamentos da etiquetagem da China, existente desde 1980. Foi destaque a prática de análise técnica e de viabilidade para a introdução e revisão das etiquetas, com base em dados dos produtos no mercado e potencial de desenvolvimento tecnológico.
Já Paolo Tosoratt, representando a Comissão Europeia, mostrou o Registro Europeu dos Produtos Etiquetados (EPREL) e suas funcionalidades, evidenciando o avanço dos últimos anos conquistado pela etiquetagem europeia no que se refere à disseminação das informações dos produtos para consumidores, compradores públicos, setor produtivo e formuladores de políticas.
Fechando o ciclo de debates, Ashanti Mbanga, do Instituto de Desenvolvimento Energético da África do Sul (SANEDI), apresentou os programa de etiquetagem do país, destacando as pesquisas feitas junto aos consumidores para validar o formato e conteúdo da etiqueta, bem como a utilidade do QR Code que eles pretendem aplicar. Ashanti comentou s intensão de criar uma etiqueta única para o continente da África e divulgou o guia com as diretrizes do programa sul africano, que muito se assemelha aos propósitos do que se pretende desenvolver aqui no Brasil.
“Queremos estimular debates em alto nível e com troca de experiências sobre boas práticas, para, ao final do processo, aprimorar e explicitar as regras de funcionamento que operam no PBE, a partir de uma construção conjunta com os diversos atores envolvidos”, comentou Danielle Assafin, responsável pelo desenvolvimento das diretrizes do PBE e quem conduziu o debate.
Até agosto haverá discussões mensais sobre o tema com o Grupo de Trabalho formado pelo Inmetro para o desenvolvimento das Diretrizes Transversais para o PBE. O próximo encontro está programado para o dia 16 de maio.