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Inmetro debate a importância da segurança cibernética
Falar sobre Smart Cities, as famosas cidades inteligentes, pode parecer algo distante da realidade, mas as infraestruturas e os serviços inteligentes já fazem parte do nosso dia a dia. Algumas regiões brasileiras já possuem o sistema de bilhete único que conecta, em tempo real, diversos ônibus, e já é um exemplo de uma rede de serviço interconectada. Este é um fenômeno em ascensão em todo o mundo, mas que requer um cuidado muito especial: a segurança. Discussões sobre cibersecurity estão ganhando relevância e no Inmetro não é diferente. O presidente Luís Fernando Panelli César, que esteve em reunião recente com a equipe do Nist nos EUA, comunicou que a internet das coisas e a segurança cibernética estão na lista dos temas de cooperação, entre os dois institutos, para os próximos dois anos. Tendo em vista esse cenário, no último dia 8, a Autarquia realizou uma palestra sobre os aspectos de segurança cibernética em sistema de iluminação pública inteligente. Ela foi ministrada pelo especialista na área de sistemas embarcados Dr. Jonny Doin, que também é diretor de Software Metrológico no Sindicato da Indústria de Balanças, Pesos e Medidas de São Paulo (Sibapem).
Jonny Doin apresenta os diferentes tipos de ataques cibernéticos
No Brasil, atualmente, há mais de 100 milhões de pontos de luz ligados à iluminação pública. Este número inclui a iluminação de ruas e praças, assim comodos prédios públicos. A adoção de sistemas inteligentes e eficientes nesta malha resultaria em uma economia representativa para o setor elétrico e para a sociedade. "Cálculos apontam que uma mudança em todo o sistema poderia reduzir o consumo em até 80%", explica Jonny Doin. Os impactos positivos seriam em duas grandes áreas: manutenção e consumo. No caso da manutenção, um serviço de telegestão possibilitaria que as próprias lâmpadas sinalizassem queimas e possíveis falhas, otimizando o deslocamento das equipes. Já no que tange ao consumo, sistemas inteligentes poderiam regular a intensidade da iluminação de uma determinada região de acordo com a circulação de pessoas e veículos, o que representaria uma redução no consumo.
Servidores e colaboradores participam do debate sobre segurança cibernética
Segundo Jonny, as possibilidades e os ganhos com o uso da tecnologia são inúmeros e devem ser aproveitados, mas antes do desenvolvimento de qualquer projeto é fundamental que se tenha em mente a importância da segurança cibernética. "Ela já precisa estar embarcada nos produtos que saem da fábrica", ressalta. Há uma série de ataques que podem ocorrer, como cibercrime, ciberterrorismo, hacktivismo e até guerra cibernética, que é o ataque de um Estado a outro. "Porém, há formas de se evitar que esses ataques atinjam os sistemas inteligentes. Algumas opções tecnológicas já estão disponíveis, como uso correto de criptografia e a segurança funcional embarcada em equipamentos. A detecção ativa de intrusão, que permite ao sistema reconhecer que foi invadido, assim como requisitos de falha segura, que programa o circuito para não colapsar em caso de falhas, também são bons exemplos". Combinando esses dois últimos aspectos, no contexto da iluminação pública, em possíveis caso de falhas ou ataques, o sistema identificaria que isso ocorreu e evitaria que as luzes seapagassem.
O Inmetro já possuiu diversos estudos sobre segurança cibernética nas áreas deM etrologia Legal, Metrologia Científica e Avaliação da Conformidade. O tema segue como prioritário na pauta da Instituição e está sendo debatido em diversos fóruns com a participação de representantes da Autarquia.