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De light só a embalagem
A busca por uma melhor qualidade de vida leva as pessoas a procurarem alimentos saudáveis, como os produtos diet e light. Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA) mostram que produtos diet, light, orgânicos e naturais movimentam anualmente no País o equivalente a US$ 2,96 bilhões e crescem a um ritmo médio de 18% ao ano, enquanto os tradicionais essa média é de 5% a 8%. Apesar desse crescimento, os termos diet e light ainda causam confusão entre os consumidores, que em muitos casos não atentam ou desconhecem informações importantes sobre o produto, como a sua composição.
Para saber se realmente os pães light – um dos produtos mais consumidos - estavam de acordo com o que informavam em suas embalagens, o Inmetro e Anvisa analisaram oito marcas disponíveis no mercado. A seleção foi feita com base em critérios que consideraram a participação no mercado e a regionalização dos produtos. Foram identificadas 14 diferentes marcas de pães, das quais foram selecionadas oito marcas de seis fabricantes.
― De acordo com os resultados encontrados, em que todas as marcas de pães light analisadas estavam não conformes, conclui-se que a tendência desses produtos comercializados no mercado nacional é de estar em desacordo com as legislações vigentes. As informações nas embalagens passam a idéia de que o pães proporcionam mais saúde, o que não foi comprovado cientificamente. Em sete marcas havia maior quantidade de gordura do que indicado na embalagem.
E o mais alarmante, refere-se à declaração light. Todas as amostras analisadas estavam em desacordo com o regulamento técnico. Segundo os fabricantes, o alimento possui redução de pelo menos uma das seguintes propriedades: valor energético, conteúdo de gorduras ou açúcares, ou ainda, aumento nos valores de fibras alimentares, vitaminas e ou minerais. As diferenças encontradas na análise são prejudiciais aos consumidores, principalmente àqueles que procuram ter uma dieta de baixo valor calórico e se baseiam nas informações dos fabricantes, conclui a engenharia responsável pela análise, Rose Maduro.