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Competitividade no Mercosul
Tiveram início no dia 24 e março, no Inmetro, em Xerém, e se estenderam até o dia 25 as reuniões do Movimento Brasil Competitivo (MBC) com a Associação Estratégica que reúne representantes de institutos e fundações de tecnologia e da qualidade do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, além de empresários. O objetivo do Encontro do MBC com a Associação Estratégica centrou-se na necessidade de traçar ações conjuntas de competitividade industrial a partir de experiências acumuladas e bem sucedidas, obtidas no Movimento Brasil Competitivo no setor industrial e de serviços.
Participaram das reuniões as instituições estrangeiras: Instituto Nacional de Tecnologia Industrial da Argentina (INTI), Laboratório Tecnológico do Uruguai (Latu), Instituto Nacional de Tecnologia e Normalização do Paraguai (INTN), a Fundação do Prêmio Nacional de La Calidad, da Fundación Empresarial para la Calidad e para la Excelência (Fundece) e o Instituto Professional Argentino para La Calidad y Excelência (IPACE). Do Brasil , o Inmetro como anfitrião, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Entre as autoridades presentes destacaram-se o diretor geral do Mercosul, Reginaldo Arcuri, o presidente do conselho do Movimento Brasil Competitivo (MBC) Jorge Gerdau Johannpeter, o diretor executivo do MBC Fernando Mattos, e o presidente do Inmetro Armando Mariante.
Na abertura do evento o presidente Mariante disse estar otimista com o trabalho da Associação Estratégica haja vista que está o trabalho está avançando embora menos rápido do que se deseja, ponderou. Esclareceu que a finalidade do encontro é fazer uma reunião de trabalho para apresentar aos companheiros dos países irmãos uma experiência bem sucedida que vem ocorrendo no Brasil ao longo dos últimos 14 anos e que ele considera possível de ser estendida aos demais países do Mercosul e, numa fase posterior, para toda a América do Sul.
Através de um relato do movimento pela qualidade, a partir do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP), antecessor do MBC, os participantes foram informados que hoje o Brasil conta com uma marca de 15 mil certificados ISO 9000; que a produtividade na indústria nacional cresceu 8.6% em média, ao ano; que houve a criação de 700 entidades de proteção ao consumidor em nível municipal; que há cerca de 5 mil serviços de atendimento ao consumidor por iniciativa de empresas privadas e que hoje existem 315 mil técnicos com capacitação na área da qualidade.
O presidente disse também que hoje há credenciados 270 organismos de certificação no Brasil , além dos cerca de 400 laboratórios de calibração e de ensaios. Esse novo desenho foi muito positivo: nos últimos 10 anos contamos com diversos processos de reconhecimento internacional por parte de entidades internacionais e também com o aumento da consciência do cidadão brasileiro que ampliou seu nível de exigência. A partir do movimento para a qualidade há hoje uma massa crítica de iniciativas, tanto na área da qualidade, como no setor público e iniciativa privada. Há uma mudança cultural em evolução e, em nosso entendimento, houve uma mobilização horizontalizada em grandes áreas, finalizou.
O secretário do Mercosul Reginaldo Arcuri disse que o Mercosul está vivendo hoje circunstâncias mais gerais visto que a competição se dá entre cadeias produtivas internacionais. Segundo ele, além de ser produtivo é preciso ser competitivo e, para um bloco econômico poder avançar nos seus desafios, é necessário que a sua economia seja capaz de ter qualidade, preço, inovação e saber modelar seus mecanismos de marketing. Antes a questão da diferença de tamanho e de desenvolvimento nos países era muito crítica mas agora essa situação mudou. O Mercosul reconhece ser necessário avançar num desenvolvimento solidário onde se busca harmonização no processo em seus níveis de desenvolvimento. O mundo está aberto para o comércio e caminha para uma redução sistêmica de barreiras tarifárias. Especificamente o Mercosul está empenhado nesse tipo de transformação, esclareceu.