Notícias
Notícias
Certificação da Cachaça
A iniciativa irá promover a certificação das cachaças de alambique, normalmente produzidas por pequenas empresas e integra a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) do governo federal. O acordo foi firmado durante a edição da 8ª Feira e Festival Internacional da Cachaça (Expocachaça) - maior evento nacional do setor -, no dia 2 de junho, no Parque de Exposições da Gameleira, em Belo Horizonte.
8ª Expocachaça, em Belo Horizonte (MG) |
- Ações como certificação em grupo ou o Bônus Certificação, concedido pelo Sebrae e o Inmetro, diminuem significativamente o custo da certificação para o produtor. O projeto deve melhorar a aceitação da cachaça no exterior. Lá, a bebida é muito valorizada, principalmente na Europa, Estados Unidos e Canadá, mas os importadores querem ter segurança de que o produto não apresentará presença de alguns contaminadores em teores acima dos tolerados pelo organismo humano, explica o diretor de Qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo.
Segundo ele, a forma mais efetiva para a superação contra dificuldades é a certificação do produto.
O Brasil exporta, atualmente, 11 milhões de litros da bebidaO projeto investirá R$ 5 milhões para facilitar o acesso dos empresários do setor à certificação. Todas as entidades participantes irão mobilizar recursos para o projeto, sendo que o Sebrae investirá mais de R$ 1 milhão.
O diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, César Rech, disse que o Sebrae acredita no segmento e mobiliza recursos e seus melhores quadros técnicos para contribuir para o fortalecimento do setor.
- Entre as ações, a parceria prevê a criação de cinco laboratórios de análise da cachaça até 2007, sendo três em Minas Gerais, um no Rio Grande do Sul e outro na Bahia.
O gerente da Unidade de Inovação e Acesso à Tecnologia do Sebrae Nacional, Paulo Alvim, considera que a principal dificuldade para que as micro e pequenas empresas alcancem níveis melhores de qualidade e sejam certificadas é o custo desse serviço.
- Hoje o Brasil exporta 11 milhões de litros da bebida, com preço médio de US$ 1. O preço médio para exportação das cachaças mineiras chega a U$ 2,20.
Até 2007, 15% das marcas registradas e 20% do volume de cachaça dos três estados participantes deverão estar certificados e 50% dos produtores devem utilizar os serviços de avaliação.
- As ações previstas envolvem conscientização e capacitação dos produtores, melhoria dos processos de produção e auxílio para a captação de recursos para implementar as adequações e desenvolvimento de avaliações específicas para o setor. É um esforço de longo prazo que une entidades tecnológicas e o setor produtivo, destaca Paulo Alvim.
Para o diretor de Desenvolvimento e Administração do Sebrae em Minas, Luiz Márcio Haddad, o projeto trará abertura de novos mercados.
- Tanto interna quanto externamente, temos muito o que crescer. Hoje a cachaça é responsável por 7% do mercado de bebidas no País, ressalta Haddad.
Participam da iniciativa seis entidades representantes dos produtores da bebida – Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique (Fenaca), Sindibebidas/MG, Associação Mineira dos Produtores de Aguardente de Qualidade (Ampaq), Associação Baiana dos Produtores de Cachaça de Qualidade (ABCQ), Associação dos Produtores de Cana-de-Açúcar e Derivados do Rio Grande do Sul (Aprodecana) - e outras seis entidades tecnológicas de fomento – Inmetro, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti/BA), Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), Instituto Mineiro de Agropecuária (Ima/MG).
* Em colaboração com a jornalista Elisa Caetano Do Sebrae de Minas Gerais/Agência Sebrae de Notícias.