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Certificação da cachaça
As ações dos Ministérios têm como objetivo expandir o mercado da cachaça brasileira por meio de sua certificação e serão anunciadas durante o 4º Congresso Brasileiro de Agribusiness, que aconteceu dia 24/06, no Hotel Gran Meliá, em São Paulo. O presidente do Inmetro João Jornada, também participou da assinatura.
A cachaça tem entre seus componentes o carbamato de etila, o metanol e o cobre, que em quantidades excessivas tornam inviável sua entrada em mercados internacionais. Para superar estas barreiras, o Inmetro desenvolveu ações visando demonstrar a qualidade do produto através de um sistema de avaliação da conformidade e da criação de uma infra-estrutura laboratorial qualificada e acreditada para conferir à cachaça brasileira um "salvo-conduto", de entrada nos mercados mais exigentes e sofisticados.
Como uma linha de ação da PITCE, o Inmetro desenvolveu, em parceria com o Sebrae, um programa para os micros produtores de cachaça no Brasil, com o objetivo de reduzir custos no processo de certificação, através do Bônus Certificação. O passo final será a criação de um selo de qualidade da cachaça brasileira, associada à sua origem e tendo o selo do Inmetro como pré-requisito.
A caipirinha e o mercado internacional
O Brasil produz cerca de 1,5 bilhão de litros de cachaça por ano, gerando cerca de 450 mil empregos em mais de 30 mil produtores, de todos os portes. No entanto, apenas 15 milhões de litros (1% do total produzido) são exportados. Nos últimos quatro anos, o aumento médio das exportações foi de 10% ao ano.
A história da cachaça se confunde com a própria história brasileira - foi a primeira bebida destilada na América Latina, descoberta por acaso entre os anos de 1530 e 1550 durante a produção do açúcar. Em 1584, já existiam oito casas de "cozer méis", na Bahia. A caipirinha brasileira é uma das mais sedutoras novidades no mercado mundial de destilados. Está conquistando consumidores em todo o mundo. A Alemanha, por exemplo, importa mais de 50 marcas brasileiras e já representa mais de 20% das nossas exportações de "branquinha". Segundo diversos analistas, a cachaça é a candidata favorita ao boom no mercado mundial. Nos próximos anos deve conquistar mercados ávidos de consumidores de destilados, como o dos EUA. Outro benefício será a proteção da marca da cachaça brasileira.