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Cachaças gaúchas
As cachaças gaúchas das marcas Bento Albino, Casa Bucco e Weber Haus receberam, dia 19 de março, o certificado de qualidade Inmetro para a bebida.
A certificação de qualidade para alambiques de pequeno porte é resultado de parceria entre Sebrae, Inmetro e entidades representativas do setor nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. Antes das três marcas gaúchas, duas mineiras feitas por um mesmo produtor receberam o certificado no fim de 2006.
O processo de certificação, apoiado por Sebrae, Inmetro e entidades de produtores, integra o Projeto de Fortalecimento da Participação das Micro e Pequenas Empresas no Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade – Setor Cachaça. Esse projeto é um dos braços do Programa Brasileiro de Avaliação da Conformidade (PBAC).
Além da análise de conformidades para a certificação de qualidade dos alambiques e das consultorias realizadas com o apoio do Sebrae, o projeto capitaneado por Sebrae, Inmetro e entidades representativas dos produtores tem um viés de expansão da rede de laboratórios de análise de cachaça acreditados pelo Inmetro.
"Essa certificação é uma conquista importante e nos impõe o desafio de buscar o mercado externo", diz Moacir Mengotto, proprietário da Cachaçaria Casa Bucco, que fica em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, tradicional região produtora de vinhos. As negociações para levar a cachaça ao exterior começaram em 2006, quando o produtor visitou uma feira em Paris.
"Agora, com o certificado, o processo de negociação com compradores internacionais torna-se mais concreto, já que o certificado do Inmetro é o grande aval para dar tranqüilidade ao comprador internacional", avalia o produtor, que é diretor-técnico da Associação dos Produtores de Cana-de-Açúcar e Derivados do Rio Grande do Sul (Aprodecana).
Processo rastreado:
Para Lise Germani, gerente administrativa do alambique Bento Albino, que receberá a Inmetro certificação para a linha prata (não envelhecida) da cachaça Bento Albino, o selo do abre portas para o produto não só no exterior como também no mercado nacional. Isso porque todo o processo de produção, desde o plantio da cana-de-açúcar até a fabricação e embalagem do produto final, é acompanhado periodicamente por técnicos do Inmetro.
"A certificação é um processo permanente, que tem de ser constantemente avaliado e aperfeiçoado, sendo uma garantia de qualidade para o produto. Isso poderá abrir muitas portas, não somente no exterior, mas no próprio mercado nacional", assinala Lise.
Segundo a gerente da Bento Albino, que é feita no município de Maquine, no litoral do Estado, a venda da cachaça que começou a ser produzida cinco anos atrás deverá se expandir para além das fronteiras gaúchas. A meta é atingir mercados como os de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
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