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Bafômetros em discussão
Assim como ocorreu com a Polícia Rodoviária, validade venceu e ainda não há previsão de regularização.Nenhum dos 14 bafômetros que deveriam ser usados em blitze no DF 12 pertencentes a Policia Rodoviária e dois ao Detran estão aferidos pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) e em condições de uso para flagrar motoristas embriagados. “A situação não tem justificativa, uma vez que a aferição do etilômetro (nome técnico do bafômetro) levaapenas duas horas”, diz o diretor de Metrologia Legal do Inmetro, Roberto Guimarães. “Alem disso, não e necessário mandar o equipamento para o Rio de Janeiro, já que temos órgãos parceiros, como o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), em varias partes do Brasil. Mas só depois de aferidos eles podem ser utilizados para penalizar os infratores”, acrescenta. De acordo com Guimarães, apenas os bafômetros das marcas LPC, CMI, Drager, Contralco, Toximeter e Seres são aprovados pelo Inmetro. A aferição tem validade de um ano.Segundo o major Charles de Magalhães Araújo, comandante da Polícia Rodoviária do DF, apesar de inativos, os bafômetros em Brasília são suficientes para a fiscalização dos condutores de mais de 800 mil veículos que circulam pela cidade. “Não existe um relação considerada ideal entre a quantidade de bafômetros e motoristas. O que temos esuficiente, ate porque o Detran, que cuida das vias urbanas, também tem equipamentos”, conta o major. “Os bafômetros não são usados 24 horas por dia em todos os lugares ao mesmo tempo. Apenas em blitze e em locais considerados prioritários”, explica o comandante da Polícia Rodoviária, que fiscaliza 1.848 quilômetros de rodovias no DF. Os aparelhos, adquiridos ha três anos, foram usados pela ultima vez no Carnaval.O Detran, com dois bafômetros, tem usado modelos descartáveis, que são imprecisos. “A aferição venceu há um mês e ainda não os enviamos ao Inmetro para regularizar a situação”, conta Silvain Fonseca, chefe da Fiscalização do Detran. “Precisamos de mais uns três para trabalhar bem. Sabemos que temos poucos equipamentos”, explica.De acordo com ele, apesar de não apresentar dados precisos, o número de jovens bêbados ao volante em Brasília aumentou. E o de mulheres também. “Para cada oito pessoas flagradas alcoolizadas, três são mulheres”, revela Fonseca, que conta ainda que 100% dos motoristas que morreram alcoolizados em acidentes eram homens, segundo dados de 2001.Se de um lado a fiscalização falha, do outro, a Justiça e rigorosa. Em 11 de dezembro de 1996, Francisco Estevão Pereira Filho foi condenado a oito anos de reclusão, em regime semi-aberto. No dia 24 de janeiro daquele ano, Francisco dirigia bêbado, em Ceilândia, a Kombi placa BV-3101/DF e atropelou José de Ribamar Viana, Wanderson Leite, Carlos Alberto de Morais e Almir Lima, matando os três últimos.Atualmente, há outros três casos na Justiça de motoristas que, guiando bêbados, mataram pessoas. Todos aguardam a marcação de julgamento.