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Entre suas casas e Xerém, motoristas zelam pela segurança dos passageiros
Faça chuva, faça sol eles estão sempre a postos. Dependendo do caso, mal amanhece o dia e já estão de pé conferindo os itens de segurança dos veículos que em poucos minutos estarão conduzindo pelas ruas e rodovias da cidade. Eles podem até não saber o nome de todas as pessoas que transportam diariamente, mas cada uma delas os chama pelos nomes. E assim, nessa toada, vão se formando laços de camaradagem, parceria e companheirismo entre os motoristas que prestam serviço de transporte para o Inmetro, no campus de Xerém, e servidores, colaboradores, bolsistas e estagiários.
O Na Medida conversou com três profissionais que foram contratados pelas novas empresas de transportes e, portanto, permanecem trabalhando no Inmetro. Este é o caso do Nei Eduardo que dedica 14 dos seus 55 anos a este serviço no Inmetro. Com simpatia e gentileza, fala do trabalho com orgulho e das pessoas, com carinho. “Meu trabalho é muito importante porque trago e levo as pessoas em segurança. Nossa responsabilidade é muito grande”, enfatiza. Nei, motorista da Top Line na Linha Bangú, bairro onde mora, acorda as 5 horas e garante não deixar passar nem um item de segurança na sua inspeção matinal. “Confiro tudo com muito cuidado porque somos muitas vidas envolvidas”, enfatiza.
A história do Nei é replicada pelos 23 motoristas que prestam serviço para o Inmetro, transportando, em média, 411 pessoas diariamente. “Nossa responsabilidade é muito grande porque acordamos cedo e temos o compromisso de transportar todos com segurança e conforto”, reforça Emmerson César, motorista da linha Recreio da empresa Top Line. Morador da Taquara, há 8 anos Emmerson acorda às 4 h 30min para pegar o primeiro passageiro rumo a Xerém, às 6 h 15min no Recreio Shopping. Apesar da rotina estressante do trânsito e do horário, não tem dúvidas. “Adoro trabalhar no Inmetro. Tenho boa comunicação com os passageiros e fiz boas amizades”, afirma.
Márcio Caiafa, motorista da linha Petrópolis B, serve ao Inmetro há 11 anos e fala do seu trabalho como uma missão. “Não transportamos apenas vidas, mas sonhos. Todos que vêm ao trabalho têm um familiar aguardando seu retorno. São pessoas que trabalham com seus sonhos na cabeça. Nosso trabalho é muito importante e de muita responsabilidade”, reforça.
No campus
Depois de deixarem as pessoas no campus, os motoristas ganham tempo realizando várias atividades. As mais comuns são caminhadas e passeios de bicicleta, mas eles também cozinham ou simplesmente desfrutam da tranquilidade do local, cercado de fauna e flora de parte da Reserva Biológica Federal do Tinguá.. “Tenho o Inmetro como o quintal da minha casa. Passo mais tempo aqui do que com a família. Além de ser um lugar tranquilo para minhas caminhadas, colho frutas e mantenho uma horta”, conta Nei Eduardo, tendo como companhia Emmerson e Caiafa.
Aliás, segundo os colegas, Caiafa é o cozinheiro oficial do novo alojamento, agora mais espaçoso, cozinha montada, com direito a mesa para as refeições em grupo, e quarto de descanso. “Agradecemos muito ao Inmetro, somos muito bem acolhidos”, opina Nei. No dia dessas entrevistas, porém, não teve almoço no alojamento – os parças já tinham combinado um almocinho básico de sexta-feira, em Mantiquira. “Sempre que é possível nos reunirmos para almoços externos. São mais descontraídos”, completa Emmerson.
Caiafa, Nei e Emmerson: responsabilidade no transporte diário