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Se esse rio fosse meu
Exposição no INMA propõe reflexão sobre condições de nascentes e rios da região central serrana do Espírito Santo
O público que visitar o Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) a partir deste sábado, dia 25 de junho, tem mais um atrativo no parque: a exposição Se esse rio fosse meu. A mostra está instalada no Pavilhão de Botânica, próximo à entrada, e promove o diálogo entre ciência e arte. A curadoria é do pesquisador do INMA Laércio Ferracioli e tem a participação do artista plástico Rick Rodrigues.
A exposição Se esse rio fosse meu foi montada no âmbito do projeto Águas da Mata Atlântica, realizado no INMA pelo pesquisador Laércio Ferracioli, envolvendo outros pesquisadores da instituição em atividades com escolas da região, e faz parte das comemorações ao aniversário de 73 anos do Museu de Biologia Prof. Mello Leitão.
A mostra promove o diálogo entre ciência e arte, e acontece em dois espaços integrados: sala Rick Rodrigues, onde o artista plástico expõe obras que dialogam com a temática; e sala Águas da Mata Atlântica, onde Laércio Ferracioli apresenta uma visão das águas de Santa Teresa e suas histórias. O espaço também conta com a instalação Siga esse lixo, idealizada pelo pesquisador e construída coletivamente com funcionários e pesquisadores do INMA, que mostra os efeitos e consequências do lixo no percurso de cursos d’água de Santa Teresa.
A exposição apresenta percursos do diálogo entre o artista e o cientista em torno da água, propondo a reflexão sobre trato de nascentes e mananciais na região Central Serrana do Estado Espírito Santo, especificamente de Santa Teresa e municípios vizinhos. Essa região abrange uma das mais significativas parcelas dos 12,4% que ainda restam da Mata Atlântica em todo o Brasil.
Se esse rio fosse meu é um dos resultados do projeto Águas da Mata Atlântica. O artista plástico Rick Rodrigues foi convidado para uma vivência no parque zoobotânico do INMA, em Santa Teresa/ES. Essa proposta busca unir artes visuais, ciência, meio ambiente e educação, relacionando a poética do artista e os projetos desenvolvidos na instituição.
Rick Rodrigues
O artista convidado vive no interior do Espírito Santo, em João Neiva, e aborda o berço de suas linguagens em bordados que traduzem cenas interioranas, pássaros e paisagens sobre distintos suportes. Recentemente, Rick produziu uma série de obras que tem as águas, rios, cachoeiras e nascentes de sua cidade natal como tema principal. Nessa vivência, o artista interagiu com projetos em curso no INMA, que incluem o mapeamento da diversidade da flora local e projetos de educação ambiental, como o monitoramento das águas do Córrego São Pedro que passa pelo parque do INMA.
Museu Mello Leitão completa 73 anos
O Museu de Biologia Prof. Mello Leitão foi fundado pelo naturalista Augusto Ruschi, no dia 26 de junho em 1949. Atualmente, o MBML é uma unidade do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
O nome escolhido por Ruschi foi uma homenagem ao zoólogo Cândido Firmino de Mello Leitão, a quem Ruschi devotava grande respeito, admiração e gratidão. Professor do Museu Nacional, Mello Leitão abriu as portas da instituição a Ruschi, onde o cientista exerceu parte de sua carreira.
A instituição criada por Augusto Ruschi na propriedade doada por sua família foi incorporada pela Fundação Nacional Pró-Memória (FNPM), da Secretaria da Cultura do Ministério da Educação e Cultura, em 1983, concretizando vontade do próprio Ruschi, para garantir a continuidade de seu trabalho. Na nova vinculação, Ruschi foi seu primeiro diretor e permaneceu até sua morte, em 3 de junho de 1986. Em 2014, o MBML foi transferido para a estrutura do MCTI, com a criação do INMA.
SERVIÇO
Exposição "Se esse rio fosse meu"
Visitação: Terça-feira a domingo – 8 às 17h
Local: Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA)
Av. José Ruschi, 4 – Centro – Santa Teresa, Espírito Santo
Entrada franca