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Compreendendo as Competências
Luana Neves para o RH.com.br
A palavra competência está inserida em nosso dia a dia e influencia o nosso comportamento pessoal, profissional. Mas, será que ela realmente é importante e essencial? Existem várias definições para a mesma... Vamos lá!
O sociólogo francês Philippe Zarifian define competência como sendo "o tomar iniciativa e o assumir responsabilidade". Já o especialista em aprendizagem nas empresas Karl-Erik Sveiby define competência como a capacidade que possuímos para agir, baseada em nossos conhecimentos teóricos e tácitos. Estes dois autores centram seus conceitos na ação.
Para mim, ela é definida o mais simples possível pelo artigo escrito pelos professores da USP - Afonso Fleury e Maria Teresa Fleury, onde a competência é pensada como a intercessão entre Conhecimento, Habilidade e Atitude. Essas três dimensões precisam se "misturar" para que possamos dizer que somos competentes em determinada área.
Devemos aprender a compreender a importância do CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude), para que consigamos criar estratégias com foco em nosso desenvolvimento pessoal e profissional:
* No Conhecimento - Significa o saber, envolve o saber o que, saber por que, saber para que é a capacidade de aprender.
* Na Habilidade - Significa o saber-fazer, o saber como, as técnicas, o conhecimento tácito as experiências.
* Na Atitude - Significa o saber ser. Ser determinado, ter atitude, responsabilidade, foco e iniciativa.
Para consolidar a definição, darei um exemplo de competência a partir dessas três dimensões. Um determinado profissional de Gestão de Pessoas é muito solicitado pelos colaboradores, pois é bastante competente na forma de atuar. Ele tem um saber acadêmico ótimo (Conhecimento), sabe criar aproximação, acompanhar, escutar, filtrar e lidar com os colaboradores (Habilidade), cativando e criando programas de desenvolvimento, de aproximação com o objetivo de serem assertivos pela sua capacidade de escuta, bom senso e equilíbrio entre as necessidades do colaborador e os interesses da organização (Atitude).
Moral - Se algumas dessas dimensões estivessem em um nível muito inferior de desempenho talvez esse profissional não fosse considerado competente.
Na maioria dos casos, as empresas sempre buscaram profissionais competentes tecnicamente para ocuparem os postos de trabalho. Mas com o passar do tempo, o nosso novo modelo de mercado de trabalho, as empresas passaram a buscar profissionais qualificados intelectual e tecnicamente, mas também competentes emocionalmente.
Isso quer dizer que as empresas valorizam o saber, o Saber-Fazer e o Saber-Ser! É comum a realização de processos seletivos tendo como foco as competências comportamentais como o foco em resultado, a comunicação, o trabalho em equipe, o relacionamento interpessoal, a autonomia, o autocontrole, ética, entre outras ações.
Façamos um breve exercício de autoconhecimento. Quais as competências que você possui e quais as que você acredita que precisa desenvolver? Pense novamente para as três competências que surgiram à sua mente e faça uma avaliação. Assim, se você traçar um plano de ação com as competências a serem desenvolvidas, estipulando prazos, quais as maneiras, quais as ações serão necessárias, você poderá alcançar seu objetivo e, com certeza, o resultado será surpreendente.
Boa sorte no seu desenvolvimento!
Imagem: Jonathan Érich