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A Importância do Planejamento Estratégico na Área Pública
Thais Fátima L. Oliveira - Administradores.com
O Planejamento Estratégico até então muito utilizado nas empresas privadas, torna-se assunto cotidiano na rotina dos órgãos públicos. Este artigo aborda os principais benefícios da adoção desta prática.
A busca incessante pela modernização dos processos internos nas organizações privadas com o passar dos anos ganhou força devido à necessidade de adaptação as constantes mudanças nos ambientes em curto prazo. A preocupação com os clientes, a flexibilidade e a inovação estão cada vez mais presentes no dia-a-dia das organizações. Nos últimos quinze anos uma onda pelo uso eficiente dos recursos chegou também às empresas públicas. O “cliente-cidadão” com um nível de exigência cada vez mais elevado vem contribuindo para esta quebra de paradigmas. Os órgãos governamentais incorporaram nas suas práticas cotidianas hábitos de preocupação no sentido de terem uma gestão mais eficiente e estão buscando e implementando muitas ações concretas de melhoria nesse sentido.
Uma vez adotada a prática do planejamento estratégico, as entidades governamentais ganham com inúmeros benefícios, quando este é coerente, aceitável e incorporado ao dia-a-dia das instituições. Segundo Peter Drucker, “Planejamento Estratégico é o processo contínuo de, sistematicamente com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução dessas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas”. Idalberto Chiavenato complementa, enfatizando que o “Planejamento Estratégico é um processo de formulação de estratégias organizacionais no qual se busca a inserção da organização e de sua missão no ambiente em que ela está atuando”.
Enquanto que nas empresas privadas, a implementação do planejamento estratégico busca ampliar vantagens competitivas, de conquista de novos nichos de mercado ou manutenção do market share, as organizações públicas primam para as ações de cunho social. O planejamento estratégico nas instituições governamentais habitualmente e diferentemente das empresas privadas tem como as principais etapas para a sua implantação, a identificação da missão da entidade, a avaliação da estratégia vigente, a análise do ambiente onde ela está inserida, a definição e quantificação dos objetivos e a elaboração do orçamento e o controle. Como o planejamento estratégico nas instituições públicas também visa auxiliar a utilização racional dos recursos, o orçamento e controle passam a ser os produtos de maior visibilidade e expectativa justificada pelo reflexo de suas ações e esforços almejados pelo governo e pelo grau de coerência destas despesas com a receita estimada.
Diferentemente das empresas privadas as empresas públicas, possuem administradores com uma autonomia um pouco limitada pelas legislações, políticas e pela própria burocracia existente no poder público. Mesmo projetos que envolvem mudanças e aprimoramentos devem ser justificados, o que em algumas situações pode ser uma tentativa frustrada em meio à manutenção da imagem de estabilidade destas instituições. O planejamento estratégico para estas organizações passa a ser essencial, embora não possuam fins lucrativos, os recursos geralmente são limitados e precisam ser utilizados de maneira racional, pois são determinantes para o tamanho das despesas.
Num ambiente limitado de recursos financeiros, se a alocação dos mesmos não atender de maneira adequada a demanda da sociedade, a instituição pode desviar-se de sua missão e prejudicar o atendimento das metas e objetivos traçados, prejudicando assim sua continuidade. Como não possuem concorrentes, o objetivo central das instituições públicas é o de atender a sua missão. A missão é de extrema importância, pois é ela quem direciona para o “bem comum” que é o grande norteador de todas as ações da área pública.
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