Educação de Surdos: escola
Prática(s) e ensino-aprendizagem: o aluno surdo em questão
Thais Fernandes de Amorim
Este trabalho pretende discutir a concepção do processo de ensino-aprendizagem, à luz da teoria do discurso e o papel das memórias discursivas como aquilo que está inscrito no sujeito juntamente com/nas palavras da sua língua materna. Com o objetivo de fazer a relação entre memórias discursivas, práticas e ensino, tomo o conceito de “formações discursivas” de Pêcheux (1988), posto que as palavras mudam de sentido porque mudam de formação discursiva. O sujeito, objeto de estudos da Análise do Discurso – AD, é um sujeito ambivalente, posto que tem seu estilo próprio e é coletivo porque vive em uma dada sociedade onde os espaços são político e economicamente marcados. No âmbito escolar, por exemplo, temos o professor quem determina o que pode e deve ser dito num dado contexto, especialmente os formais. Tal colocação vem ao encontro deste trabalho, que busca apresentar tais lugares, dentre eles o dos sujeitos surdos, que tem sua língua materna, a LIBRAS, desconhecida por muitos, e as vezes, por eles mesmos, devido sua formação educacional inadequada. Assim, tal como as análises do discurso contemporâneas, vamos tentar encontrar um lugar para esse sujeito que emerge, trabalhar sua singularidade e sua razão de ser, não mais somente enquanto sujeito oriundo de uma dada formação discursiva, mas enquanto sujeito falante de uma dada comunidade social.
Leia o conteúdo completo em Língua Portuguesa - clique aqui
Relato de uma instrutora surda e sua atuação antes e durante a pandemia da covid-19 (2020-2021)
Priscila Rita da Silva
Edre Almeida Corrêa
Viviany Amorim Silva Oliveira
Ivanete Maria Ambrósio
Juliana Isabel Ribas Fagundes de Carvalho
O ensino remoto emergencial utilizado nas escolas públicas e privadas foi uma das opções encontrada para dar continuidade ao processo educacional durante este período de pandemia causado pelo vírus COVID-19, que assolou o mundo desde o ano de 2020. Sendo assim, na Educação muitos desafios têm sido enfrentados pelos profissionais envolvidos no processo de ensino aprendizagem dos estudantes. Nesta pesquisa o objetivo foi investigar como estava sendo desenvolvido o atendimento às crianças surdas em uma determinada escola pública, em tempos de pandemia da COVID-19, feitos por uma instrutora surda e acadêmica de Pedagogia. Tem como aporte teórico os seguintes autores: Quadros (2004), Karnopp (2008), Gesser (2009), Mourão (2011), Schlemper e Marques (2015), entre outros. Observamos através da análise dos vídeos como é desafiador o ensino remoto para crianças surdas, segurar a atenção por alguns minutos e quase impossível sendo assim o principal anseio da instrutora e poder ter o contato direto com a aluna para conseguir realizar a atividade, pois os resultados são mais imediatos obtendo maior interação e interesse da criança.
Leia o conteúdo completo em Língua Portuguesa - clique aqui
O uso das TICs no ensino da Língua Inglesa para alunos ouvintes e surdos
Janaína Arruda Marques
Observação na sala de aula ministrada por mim, professora de Língua Inglesa juntamente com a intérprete de Libras sobre o uso das TICS em uma sala inclusiva, ouvintes e surdos. A criação de um glossário bilíngue com a disciplina ofertada dentro do Currículo Comum BNCC para o ensino fundamental da 7° ano fundamental. Foram criados usando o celular e a sala de Informática da Escola. Um e- book digital, do Present continuos, como um glossário dos verbos do Present Continuos. Foram usados jogos digitais em sala de aula, para o aprendizado da língua Inglesa. As TICS foram utilizadas e foi observado a interação dos alunos surdos com os ouvintes como também o desenvolvimento e aprendizagem para os alunos.
Leia o conteúdo completo em Língua Portuguesa - clique aqui
Os recursos imagéticos como tecnologias assistivas na educação de surdos
Maria Isabela Freitas do Espírito Santo Silva
Tairine Rangel Sá
Este trabalho tem como principal objetivo apresentar os recursos imagéticos como instrumentos tecnológicos assistivos essenciais para a aprendizagem de educandos surdos, que necessitam de recursos visuais para elucidar, compreender o mundo ao redor. O ambiente escolar ainda tem sido um meio de propagação da exclusão, além de negligenciar a comunidade surda em diversos âmbitos (desde a ausência de intérpretes e professores de LIBRAS até a negação do uso de imagens). Sendo assim, esse artigo pretende promover a reflexão sobre a atual realidade da educação brasileira, bem como apontar uma possível solução para minimizar a desigualdade no ensino de pessoas surdas.
Leia o conteúdo completo em Língua Portuguesa - clique aqui
Campo de experiências “escuta, fala, pensamento e imaginação” da BNCC na etapa da Educação Infantil: uma reflexão sobre a educação de surdos
Beatriz Schüssler
Bruna Crescêncio Neves
Ana Paula Jung
O presente texto foi elaborado a partir da produção de um artigo final apresentado para a conclusão de curso de pós-graduação de uma das autoras, no qual o principal objetivo foi analisar as implicações do campo de experiência “escuta, fala, pensamento e imaginação” da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da etapa da educação infantil, tendo como foco a educação de surdos. De forma objetiva, neste texto busca-se refletir sobre o processo de aquisição da língua de sinais das crianças surdas e discutir acerca do papel da Educação Infantil no processo de aquisição da linguagem delas. Para tanto, alguns autores foram essenciais, como Quadros (1997; 2000), Perlin (2015), Quadros et al. (2018), além de outros textos relevantes, tal como a própria BNCC (2017). O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa documental e exploratória, partindo de uma abordagem qualitativa. Como resultados mais relevantes identificamos na BNCC para a Educação Infantil a ênfase no trabalho em torno da oralidade e a falta de menção à língua de sinais, aos surdos e sua cultura. Compreendendo o papel da escola no desenvolvimento da criança, inclusive em seu processo de aquisição da língua, percebemos a necessidade de ampliação das pesquisas acadêmicas, possibilitando que as práticas dos professores contemplem as especificidades dos alunos surdos, a fim que estas crianças desenvolvam-se plenamente a partir do que é proposto na BNCC para a Educação Infantil.
Leia o conteúdo completo em Língua Portuguesa - clique aqui
Produção de e-book como material de apoio para aulas de libras aos estudantes surdos do ensino fundamental com enfoque fonologia / fonética de Libras
Andreza da Silva Gonçalves Raphael
Esse projeto de pesquisa tem como objeto de estudo as abordagens da fonologia das línguas de sinais no ensino de Libras para alunos surdos do primeiro segmento do Ensino Fundamental. O que nos leva a perceber a escassez de materiais didáticos para o ensino de Libras, em especialmente na área de fonologia de Libras. Essa pesquisa e seu produto pretendem contribuir com a coleta de informações e dados acerca do estudo da fonologia das línguas de sinais como objeto de ensino. Observamos que dedicar atenção a fonologia é uma estratégia que pode ser usada em várias atividades do ensino. Dependendo das escolhas que os professores fazem na abordagem desse tema; como cotação de histórias, jogos, entre outros. O que nos leva a perceber a escassez de materiais didáticos para o ensino de Libras, em especialmente na área de fonologia de Libras. Essa pesquisa e seu produto pretendem contribuir com a coleta de informações e dados acerca do estudo da fonologia das línguas de sinais como objeto de ensino. Observamos que dedicar atenção a fonologia é uma estratégia que pode ser usada em várias atividades do ensino. Essa proposta de pesquisa que trago busca a investigação desse tema para criação de materiais pedagógicos sobre ensino de fonologia para alunos surdos. Esse é o caso da estipulação dos parâmetros fonológicos das línguas de sinais, a saber: configuração de mãos, locação das mãos, orientação da palma das mãos, movimento e expressões não manuais. Apresentaremos a seguir os métodos e procedimentos que selecionamos para investigarmos os objetivos que propomos aqui. Identificamos que nossos procedimentos serão aplicados em: revisão bibliográfica dos assuntos Fonologia das Línguas de Sinais e Ensino de Libras como L1, assim como na produção de vídeos de orientação aos professores de Libras. Reforçamos que, por conta do momento de pandemia que vivemos, a pesquisa de campo (contatos e entrevistas) serão feitos de forma remota.
Leia o conteúdo completo em Língua Portuguesa - clique aqui
O processo da avaliação dos aprendizes surdos na perspectiva formativa
Letícia de Sousa Leite
Eliamar Godoi
Raquel Bernardes
O presente trabalho objetiva discutir, ainda que de maneira sucinta, sobre o processo de avaliação dos aprendizes surdos na perspectiva formativa. Mais especificamente, buscamos refletir acerca dos mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de Língua Portuguesa por estudantes surdos sob a ótica da avaliação formativa. Quanto ao quadro teórico-metodológico, o estudo foi circunscrito na revisão bibliográfica da temática de estudo, quais sejam, os textos referentes à avaliação de aprendizagem, em termos gerais, e à avaliação dos alunos surdos em contexto de ensino de Línguas. A fim de buscar suporte à temática envolvida no presente estudo, trabalhos como os de Felice (2013) no âmbito da Linguística Aplicada, e os de Álvarez Méndez (2002), Fernandes (2007), Perrenoud (1999), dentre outros autores no âmbito do processo educacional geral de avaliação, fundamentaram nossas discussões. O presente estudo também se justifica por constatar uma carência de pesquisas voltadas à avaliação da aprendizagem dos alunos surdos no viés da avaliação formativa que considere a sua diferença linguística. Tais considerações apontam para a relevância desse trabalho ao sistematizar informações referentes à temática abordada.
Leia o conteúdo completo em Língua Portuguesa - clique aqui