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O Departamento de Ensino Superior (DESU) do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) promoveu na última quarta-feira, dia 25 de outubro, a VI Jornada de Iniciação Científica - JIC 2023. O evento, que reuniu cerca de 150 pessoas nos três turnos, apresentou trabalhos acadêmicos desenvolvidos por alunos bolsistas do Programa de Iniciação Científica, o PIC-INES, e participantes de projetos da graduação e da pós-graduação, do INES e de outras instituições como Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Um grupo de estudantes surdos da Universidade Nacional da Colômbia, que veio ao Brasil para visitar o INES, também compareceu à jornada.
Ao todo, foram 25 sessões de comunicação de pesquisas e 29 pôsteres exibidos, que passaram por avaliação e aprovação prévia da comissão organizadora. A programação encerrou com uma palestra sobre o Canal Jovem Cientista, ministrada pelo fundador do canal, Brenno Barros. A professora Aline Xavier, coordenadora do PIC-INES e da JIC 2023, ressalta o caráter de discussão e divulgação científica do evento e o protagonismo dos estudantes participantes: "A jornada é um espaço privilegiado para o intercâmbio de produções científicas entre pesquisadores iniciantes e professores, e de integração da comunidade acadêmica. Nela, os alunos podem divulgar resultados de seus projetos de pesquisa, atuando ativamente no processo de democratização do conhecimento. Nesta edição, tivemos um número expressivo de alunos surdos apresentando trabalhos", destaca Aline, apontando que, dos oito autores surdos com pôsteres inscritos na JIC, cinco foram premiados.
GACT
Dois dos trabalhos acadêmicos exibidos em formato de pôster abordaram a Galeria de Arte, Ciência e Tecnologia (GACT) do INES como espaço não formal de ensino. Ambos foram inscritos pela professora Renata Dionysio (DESU) e pelos docentes Luís Gustavo Dionysio, Hugo Henrique Pinto e Stella Savelli, do Colégio de Aplicação (CAp/INES). Stella, que coordena o projeto da galeria e desenvolve atividades junto a alunos da Educação Básica desde a inauguração do espaço, em 2018, convidou a estudante Luíza Lima, do Ensino Médio, para apresentar o trabalho na JIC: "Isso dá uma maturidade aos alunos, para que entendam o que estão mediando", observa a professora de Artes.
A ideia é estimular a iniciação científica dos estudantes surdos mesmo antes da graduação. Na galeria, além de organizar exposições em parceria com instituições culturais e educacionais, Stella decidiu aplicar sua experiência com robótica numa oficina de máquinas oferecida no local. Segundo ela, cerca de dez alunos do instituto participam da oficina, além de dois bolsistas colaboradores. As atividades da GACT buscam tecer relações entre ciência e arte e trabalhar a tecnologia como ferramenta para o desenvolvimento humano e a construção de conhecimento por meio da acessibilidade linguística.