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Curso de Tecnologia Agropecuária do Pronera retoma aulas presenciais
Aula prática na propriedade de Silvana Freu (vestindo camisa xadrez), em Frederico Westphalen (RS) (Foto Divulgação: Turma Pronera URI)
Estudantes de Tecnologia em Agropecuária iniciam o terceiro semestre com a volta gradual às atividades presenciais. O curso superior é promovido pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) do Incra, em parceria com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) - campus Frederico Westphalen (RS).
A aula inaugural desta etapa ocorreu sábado (4), no auditório da universidade, e abordou a “atuação do Incra na profissionalização do campo”. Educandos, professores, lideranças rurais e representantes municipais regionais assistiram a palestra ministrada pelo superintendente da autarquia no estado, Gilmar Tietböhl.
O dirigente contextualizou os trabalhos do instituto na gestão de terras e na regularização fundiária. Também sublinhou a importância da qualificação profissional para o público do meio rural. “O aprendizado não se completa por acumulação de conhecimento. Ele transforma as pessoas. E a transformação acontece à medida que o que se aprende pode ser aplicado à sua volta”. Após apresentação de filme, Tietböhl entregou um envelope com uma folha em branco aos estudantes, “para cada um escrever e decidir o seu destino a partir de suas escolhas”.
A dinâmica dá destaque a proposta pedagógica do curso, baseada na interdisciplinaridade de temas voltados à realidade local e na alternância entre “Tempo Universidade” e “Tempo Comunidade”. Ao longo da graduação, os educandos constroem o seu Projeto Profissional e de Vida – requisito da avaliação final – e empregam os ensinamentos acadêmicos em sua unidade familiar.
Retorno aos estudos
Aos 44 anos, Silvana Ferrigolo Freu retornou aos estudos após duas décadas “graças ao Pronera” e comemora cada desafio vencido. “No início, tive dificuldade com as aulas pela internet, mas contei com a ajuda da minha filha e dos colegas. Informática e matemática são mais puxadas, mas as práticas de campo e no laboratório sobre solo, silagem e alimentação animal eu gosto porque são o meu dia a dia”, conta ela com orgulho em dizer que é “a mais velha da turma”.
"Está mudando a minha vida, dando um impulso. Sempre gostei de estudar, mas desisti porque tinha de ir para a cidade. Agora tenho uma oportunidade única e aproveito muito. No projeto, trabalho a organização da bovinocultura de leite, e já consigo ver o que tem de melhorar e como obter mais lucro”, comenta Silvana.
O objetivo, segundo ela, é ampliar a produção leiteira – atualmente entre cinco e seis mil litros por mês – na propriedade da família, localizada na Linha São José, zona rural de Frederico Westphalen. “Tenho duas filhas e preciso investir na propriedade para elas terem interesse em permanecer. Não tenho condições de pagar faculdade particular, e quero que elas possam estudar assim como eu e queiram ficar no interior”.
III Turma
Em sua terceira edição, o Tecnologia em Agropecuária tem duração de três anos e meio, e atende 40 beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário.
"A parceria estabelecida entre a URI e o Incra, desde 2014, tornou-se fundamental no processo de educação do campo, permitindo o acesso ao ensino superior profissionalizante para mais de 100 agricultores familiares da região. O Pronera deve ser fortalecido e ampliado, pois os resultados alcançados são positivos”, destacou o coordenador do curso Gelson Pelegrini.
A atual turma foi viabilizada por meio de Termo de Fomento formalizado entre as instituições em 31 de dezembro de 2018. Os conteúdos a serem abordados até dezembro são: Administração e Planejamento Rural; Controle de Plantas Invasoras; Ecologia Agrícola; Fertilidade do Solo; Nutrição Animal I; e Projetos Agropecuários I.
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