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Levantamento
Regional cearense conclui Relatório de Análise do Mercado de Terras
Imóvel em Santana do Cariri, município pertencente ao MRT do Cariri, uma das 13 regiões analisadas. Foto: Incra/CE.
O Incra no Ceará (Incra/CE) concluiu a elaboração do Relatório de Análise do Mercado de Terras (RAMT) relativo ao ano de 2022. O documento contém a Planilha de Preços Referenciais (PPR), ferramenta balizadora de preços utilizada nas aquisições e desapropriações realizadas pela autarquia, e que fornece à sociedade valores de imóveis de diferentes tipos de uso (terras agrícolas, exploração mista ou pecuária).
O estudo foi dividido em duas etapas: trabalho de campo (planejamento, pesquisa e coleta de informações) e trabalho de escritório (análise dos dados, tratamento estatístico, elaboração de gráficos, mapas e redação do relatório). Uma equipe composta por sete servidores da regional participou do levantamento, que durou cerca de dez meses.
A apuração abrangeu 178 municípios, dos 184 existentes no Ceará. O estado foi subdividido em 13 Mercados Regionais de Terras (MRTs), levando-se em conta fatores relacionados à produção agropecuária, ao solo e à localização geográfica. No total, 825 imóveis foram pesquisados. O tamanho médio deles, excluindo-se os não agrícolas, foi de 197,3397 hectares.
O engenheiro agrônomo do Incra/CE, Francisco Romeu Ferreira Leal, um dos coordenadores do estudo, explica que, para delimitar geográfica e espacialmente os MRTs, os municípios foram agrupados de forma homogênea em regiões/zonas.
“Tomamos por base as variáveis mais significativas em termos de dinâmica de mercado regional, por exemplo, informações de caráter econômico, fundiário, climático, do solo, além de serem considerados os valores de produção, contexto social, entre outras”, citou.
As 13 regiões analisadas foram: Litoral Leste; região metropolitana de Fortaleza; Vales do Curu/Aracatiaçu; Litoral Oeste; da Ibiapaba; Sertão Norte; do Vale do Jaguaribe; de Baturité; Sertão Central; Sertão de Canindé; Sertão dos Inhamuns; Centro Sul e Cariri.
Fontes
Durante a fase de coleta de dados houve visitas a imobiliárias, corretoras de imóveis, entidades de assistência técnica rural, órgãos públicos, pesquisas na internet, entre outros, a fim de obter informações sobre transações de imóveis rurais, incluindo opinião de agentes qualificados de mercado.
De acordo com o relatório, há uma grande variabilidade no preço da terra nua (aquela onde só se avalia a área, sem contabilizar as benfeitorias). Foram encontrados imóveis rurais com valor do hectare equivalente a R$ 165 (Sertão Central) e outros, por R$ 60 mil o hectare (Ibiapaba).
O valor da terra nua é um importante indicativo da qualidade das terras, tendo em vista que as benfeitorias nele inseridas são desconsideradas. Isso proporciona uma melhor comparação dos elementos produtivos inerentes aos imóveis
“As condições econômicas, climáticas e as características dos solos podem influenciar nas atividades agropecuárias desenvolvidas nos municípios. Logo, essa relevante diferença de preço entre os MRTs era esperada”, explicou o coordenador Francisco Romeu.
Romeu destaca, ainda, que a Planilha de Preços Referenciais de Terras é de grande importância para o cidadão comum interessado em verificar os preços dos imóveis na sua região; para as agências de crédito estimarem o valor dos ativos no campo com vistas à liberação de recursos, e para o próprio estado, na medida em que a utiliza nas políticas de arrecadação, como o Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).
* A íntegra do Relatório de Análise do Mercado de Terras do Ceará contendo a Planilha de Preços Referenciais pode ser acessada no portal do Incra, no endereço:https://www.gov.br/incra/pt-br/assuntos/governanca-fundiaria/relatorio-de-analise-de-mercados-de-terras/ceara.
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