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Convênio
Redes de água impulsionam produção no Rio Grande do Sul
Na área de reforma agrária Herdeiros de Oziel, em Santana do Livramento, as obras já foram concluídas. Foto: Incra/RS.
Baldes, galões e caminhões-pipa estão deixando de ser as únicas vias para abastecimento de água em 12 assentamentos do Rio Grande do Sul. Os locais foram contemplados com adutoras, poços tubulares e redes de distribuição por meio de convênio entre Incra e Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr/RS). A parceria, iniciada em 2013, prevê o repasse de R$ 8,6 milhões do governo federal até junho de 2023.
Do total, R$ 5,2 milhões já foram liberados para as contratações gerenciadas pelo estado gaúcho. Os serviços estão concluídos nos assentamentos Jupira/São Leopoldo, Banhado Grande II, Coqueiro, Herdeiros de Oziel e Roseli Nunes (em Santana do Livramento); Nova Tupã (em Tupanciretã), 22 de Dezembro e Estância Camboatá/Roça Nova (em Candiota). Juntas, as áreas abrigam 268 famílias.
Além dessas obras, o trabalho está em andamento nos assentamentos Fidel Castro e Conquista do Cerro da Liberdade, totalizando mais 143 lotes a serem atendidos em Santana do Livramento. O restante do recurso deve ser destinado a áreas de reforma agrária localizados em Santana do Livramento e em Jóia.
“Mudou nossa vida 100%”, conta Sandra Graciela Pais Silva de Lacerda, moradora do Herdeiros de Oziel. Até dezembro do ano passado, ela, o marido e o filho atravessavam o campo vizinho para chegar à nascente mais próxima. Na volta, enchiam a caixa d’água da própria casa e da dos sogros. As dificuldades aumentavam no verão devido às estiagens prolongadas na região.
“A cacimba secava e a gente esperava até dez dias pelo caminhão-pipa”, conta. “Agora, a gente abre a torneira e sai água potável, pronta para beber. Isso é qualidade de vida”, comenta.
Mesmo com a novidade, Sandra e os vizinhos mantêm os hábitos de economia adquiridos nos tempos sem canalização. “Continuamos reaproveitando o que sai da máquina e da louça para a horta. Quando faltou energia por causa de um vendaval, ninguém ficou sem água, porque todo mundo sabe usar com consciência.”
Além da facilidade na manutenção da casa, a agricultora comemora a possibilidade de irrigar as plantas mais necessárias ao consumo doméstico durante a estiagem dos últimos meses. “Algumas frutas nós conseguimos salvar”, afirma.
Expectativa
Já Suelen Marina Martins acompanha ansiosa a finalização das obras no assentamento Conquista do Cerro da Liberdade. “A empresa (licitada para execução do serviço) colocou os canos até aqui na frente, falta chegar em outros lotes.”
Atualmente, ela e o marido utilizam uma cacimba a fim de abastecer a casa. O objetivo do casal é direcionar a vertente para a horta – aumentando a produção e a venda de alimentos - assim que o sistema coletivo for ligado.
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