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Pronera inicia nova turma de tecnólogos no Rio Grande do Sul
Aulas pela internet, acompanhamento remoto e adaptação ao distanciamento social marcam o início de mais uma turma do curso superior de Tecnologia em Agropecuária, promovido pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), em parceria entre o Incra no Rio Grande do Sul e a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)/ campus Frederico Westphalen (RS).
O segundo encontro virtual ocorreu nos dias 11 e 12 de setembro, quando foram ministradas as matérias de Introdução à Agropecuária, Anatomia e Morfologia Vegetal e Fundamentos da Matemática. Além dos componentes curriculares, o debate foi focado no pertencimento a terra e motivos para estudar, e contou com a participação do assegurador do Pronera no Incra/RS, Walter Aragão.
Dentro da metodologia proposta, os educandos também foram convidados a preencher uma pesquisa qualitativa para apurar o perfil da turma e subsidiar o planejamento dos demais temas geradores a serem trabalhados, conciliando ensinos teóricos com a realidade do meio rural onde vivem. Até a próxima aula (no final de setembro), eles dedicam-se a refletir o aprendizado em seu núcleo familiar.
Fundamentadas na pedagogia da alternância – que propõe espaços de formação entre universidade (Tempo Escola) e local de origem (Tempo Comunidade) –, as ações foram adequadas a procedimentos sanitários para prevenção da covid-19. Conforme o coordenador do curso, Gelson Pelegrini, o cronograma está mantido e segue todas as medidas protetivas necessárias para a segurança dos discentes e professores.
“Estamos trabalhando de forma remota, com aulas síncronas, ou seja, todas as aulas presenciais programadas ocorrem via serviço de comunicação por vídeo na mesma data e horário do cronograma. Outro programa online voltado para escolas também está sendo utilizado para as disciplinas do semestre. Foram organizados pelos educadores e impressos cadernos pedagógicos com os conteúdos e atividades para todos os estudantes acompanharem o desenvolvimento de cada disciplina”, explica Pelegrini. A comunicação e as orientações são facilitadas em grupo de aplicativo de mensagens no celular.
São ofertadas, ainda, aulas gravadas para eventuais dificuldades de acesso à internet. “A maioria dos educandos mora no interior. Todos estão sendo acompanhados pela equipe de professores e pelo técnico de campo. Nos municípios, parceiros como Emater e Sindicatos de Trabalhadores Rurais disponibilizaram a estrutura para que os educandos possam acessar a rede”, acrescenta o coordenador do curso.
Em casa
Neste primeiro semestre, estão previstas dez alternâncias e seis disciplinas até os dias 8 e 9 de janeiro de 2021. As classes são concentradas quinzenalmente, nas sextas-feiras e sábados. Os 13 dias subsequentes compõem o Tempo Comunidade, quando o educando aplica os estudos na prática diária.
“As aulas on-line estão sendo inovadoras, diferente das que imaginava. É como em sala de aula, mas cada um em sua casa. Qualquer dúvida ou sugestão é só falarmos e a aprendizagem acontece da mesma forma”, garante a estudante Ana Patrícia Weber.
Para ela, o diferencial deste curso superior é a formação voltada ao público rural, com grade curricular e horários adaptados aos agricultores. “Espero adquirir novos conhecimentos e métodos para que possamos desenvolver nossa propriedade”, afirma a educanda, que vive com o marido e os sogros na localidade Alto da Bela Vista, no município de Derrubadas (RS). Juntos, eles cultivam hortifrutigranjeiros – setor para o qual a universitária busca qualificação e pretende aprimorar o “projeto profissional e de vida”, exigido para conclusão do curso.
Assim como Ana Patrícia, os estudantes são oriundos de 17 pequenos ou médios municípios das regiões Médio e Alto Uruguai e Celeiro do Rio Grande do Sul.
Terceira turma
As matrículas e atividades inaugurais do Tempo Escola ocorreram no campus universitário em Frederico Westphalen (RS) no final de agosto, seguindo as determinações de saúde vigentes. Na ocasião, os educandos receberam o plano de estudo e mudas de árvores nativas cujo cultivo será acompanhado no decorrer do curso. A primeira tarefa foi a composição de um livro digital com as fotos de cada um mostrando o local escolhido para o plantio (confira em link no final da matéria).
Esta é a terceira edição do curso superior de Tecnologia em Agropecuária do Pronera, composta por 40 beneficiários (ou seus dependentes) do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) e três integrantes da Emater/RS (mantidos em convênio entre a entidade e a universidade).
Um termo de fomento formalizado em 2018 selou mais esta parceria entre o Incra e a URI, dando continuidade aos projetos do Pronera. O repasse de recursos foi autorizado pela autarquia em 18 de agosto, permitindo o início do período letivo. O curso tem duração de três anos e meio.
A primeira turma de Tecnologia em Agropecuária pelo Pronera no Brasil, composta pelo público do Crédito Fundiário, finalizou em 2017 com a graduação de 30 agricultores. No ano seguinte, formaram-se mais 32 tecnólogos.
Acesse o livro digital com fotos das áreas de plantio dos estudantes.
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