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Pronera é debatido durante Encontro Nacional de Educação do Campo na Bahia
O programa foi evidenciado em mesas de discussão em evento que ocorre de 28 de fevereiro a 2 de março, em Salvador. Foto: Incra/BA
As políticas públicas de formação profissional e tecnológica e os avanços e desafios do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), executado pelo Incra, foram destaque, em 29 de fevereiro (quinta-feira), durante o Encontro Nacional Educação do Campo, das Águas e das Florestas. O evento acontece até 2 de março (sábado), no Centro de Cultura Cristã da Bahia, em Salvador.
Promovido pelo Ministério da Educação (MEC), o evento reúne 700 participantes de todo o país, dentre eles, os profissionais e coordenadores do Pronera das superintendências regionais do Incra, além de professores, estudantes, e representantes de universidades públicas e de movimentos sociais ligados à educação do campo.
Uma das seis mesas do encontro, intitulada “Políticas públicas de educação do campo: avanços e desafios do Pronera e das políticas de formação profissional e tecnológica”, foi discutida entre representantes dos movimentos sociais e universidades e mediada pela gestora nacional do programa, Clarice dos Santos, durante a manhã.
De acordo com a diretora de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento da autarquia, Rosilene Rodrigues, presente no debate, essa é a melhor maneira de aperfeiçoar a execução do programa. “Precisamos escutar para além de ministérios e do Incra. Assim, poderemos levar ao beneficiário da reforma agrária uma ação na qual seus filhos possam estudar em seu território e ter acesso ao conhecimento e os saberes a fim de os levarem para onde quiserem”, pontuou.
Durante a tarde, o programa foi tema do grupo de trabalho denominado “Agroecologia, educação profissional e tecnológica do campo: básica e superior”.
Educação
Segundo a diretora de Políticas de Educação no Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Ambiental do MEC, Maria do Socorro Silva, o Pronera foi fundamental para pensar em uma política e uma prática pedagógica voltada para o meio rural. Ela ainda lembrou que o programa foi a primeira política pública específica para o campo brasileiro.
“Embora esteja vinculado à reforma agrária, temos uma interlocução entre o MEC e o Pronera no sentido de que essa política pública possa caminhar junta a outras políticas de educação do campo destinadas a outras populações”, frisou.
Desafios
Já a gestora nacional do Pronera, Clarice dos Santos, destacou que o encontro é um espaço para reativar as articulações. “Temos o desafio de reconstruir o programa, mobilizar as universidades e os movimentos sociais e assim avançarmos em número de cursos e projetos para que mais assentados e acampados possam ter acesso às políticas de educação”, ressalta.
Encontro
Ao final das reuniões, o Encontro Nacional Educação do Campo, das Águas e das Florestas, resultará em um documento com diretrizes a serem encaminhadas ao poder público nas esferas nacional, estadual e municipal.
Junto ao encontro também acontece uma feira de produtos agroecológicos com 17 bancas. São diversos produtos oriundos de quase todas as regiões da Bahia. Dentre eles, roupas de algodão cru, chocolates agroecológicos da reforma agrária e frutas desidratadas, além do artesanato de sisal e indígena.