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Pronera chega aos 26 anos com cursos em todos os níveis voltados à população do campo
O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) celebra, nesta terça-feira (16), mais um ano de existência com números em crescimento e uma trajetória sólida. São 26 anos educando e qualificando milhares de jovens e adultos do campo.
Ao longo de todo esse tempo, já foram ministrados 545 cursos para 192.764 estudantes em todos os estados brasileiros. As formações abrangem desde alfabetização e escolarização no ensino fundamental e médio, passando pela formação profissional integrada, concomitante ou não com o ensino médio, até graduação e pós-graduação.
Atualmente, estão em execução 27 cursos, atendendo 3,2 mil estudantes. Para 2024 e os anos que seguem, planeja-se a inserção de mais 5,9 mil jovens e adultos em 53 novos projetos educacionais.
Realizado pelo Incra em parceria com instituições de ensino, governos estaduais e municipais e movimentos sociais e sindicais, o Pronera surgiu com a proposta de democratizar o acesso à educação pública de qualidade, nos vários estágios de ensino, para as populações do campo, da floresta e das águas.
“Por meio do programa, o direito à educação em todos os níveis chega a essas pessoas que não tiveram a oportunidade de estudo, porque dedicaram sua vida ao trabalho”, considera a gestora nacional do Pronera, Clarice Aparecida dos Santos.
A ação tem contribuído para levar uma nova realidade a agricultores familiares e seus filhos, promovendo conscientização para que possam melhorar suas próprias condições – educacionais, econômicas e de trabalho – e o panorama social como um todo. Desta forma, incentiva e fomenta um novo meio rural brasileiro, mais cooperativo, capacitado e plural.
“Pelo Pronera, os educandos podem estudar nas melhores universidades, em qualquer curso, sem precisar sair do campo e construindo sua autonomia, com conhecimento, em relação aos projetos de desenvolvimento de suas comunidades”, pontua Clarice.
Histórico
Instituído por meio da Portaria do Ministério Extraordinário da Política Fundiária (MEPF) n.º 10, de 16 de abril de 1998, o Pronera foi pensado a partir da reivindicação de movimentos sociais ligados ao meio rural por um programa de Estado voltado à educação.
O Censo da Reforma Agrária de 1997 apontou um alto índice de analfabetismo entre os assentados - o que levou representantes de instituições de ensino superior a se reunirem para discutir a participação no processo educacional direcionado a esse público.
O programa foi criado no ano seguinte, após grande mobilização. Era vinculado ao então MEPF, mas a execução cabia ao Incra, tendo sido incorporado ao instituto em 2001.
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