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Comercialização
Produção da reforma agrária é destaque em feira estadual em Florianópolis (SC)
A II Feira Estadual da Reforma Agrária, Agricultura Familiar e Economia Solidária trouxe para o campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), de 7 a 9 de novembro (quinta a sábado), uma amostra da diversidade produtiva dos agricultores assentados em Santa Catarina. A abertura aconteceu no auditório Garapuvu e a comercialização ocorreu no campus da Trindade, na praça em frente à reitoria.
“Essa feira tem uma longa história de organização, luta e resistência do nosso povo, que quer produzir um alimento de qualidade e tem se organizado para isso em cooperativas, tendo como resultado toda essa riqueza e diversidade na produção de alimentos de qualidade. Importante também o papel da universidade, que acolheu esse belo evento pela primeira vez, mostrando essa experiência construída em nosso estado”, comemorou o superintendente regional do Incra/SC, na abertura da feira.
O evento é organizado pela Cooperativa Central da Reforma Agrária (CCA-SC) e pela União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Santa Catarina (Unicafes/SC), que trouxeram para a exposição mais de cem feirantes, entre assentados, agricultores familiares, indígenas, quilombolas e trabalhadores da economia solidária.
Além das barracas, a programação contou com apresentações culturais, doação de alimentos da reforma agrária para cozinhas comunitárias de Florianópolis e o plantio de mudas para recuperação ambiental de área do campus. Segundo o presidente da CCA, Lucídio Ravanello, é uma oportunidade de ressaltar a importância da produção dos agricultores e a garantia de sua comercialização, inclusive para os mercados institucionais, como o da universidade. “Não viremos aqui somente uma vez ao ano, mas estaremos toda semana para entregar alimentos da agricultura familiar e dos assentamentos”, revelou.
De perto e de longe
Das áreas de reforma agrária, chegaram à feira desde alimentos in natura do assentamento mais próximo, o Comuna Amarildo de Souza, localizado no município de Águas Mornas, a cerca de 50 quilômetros da capital, até os industrializados dos locais mais distantes, como o Conquista na Fronteira, localizado em Dionísio Cerqueira, a mais de 750 quilômetros.
Eles expuseram cucas, bolachas, pães típicos catarinenses, chimias (doces) e geleias de frutas nativas. A variedade também abarcou artesanatos e bebidas alcoólicas como cachaças, licores e cervejas, além da diversidade de chás, tinturas e produtos lácteos comercializados em escala industrial pelas cooperativas de maior porte.
A produção de orgânicos também foi destaque, como na mercadoria trazida pelo Sítio Diversidade, de Fraiburgo. “O espaço da feira na capital é de extrema importância para divulgar nosso produto, difundir a nossa marca como assentado e mostrar que, na nossa região, temos experiências que podem ser levadas a outros lugares”, contou o agricultor Fábio Chagas. Ele está investindo em orgânicos no assentamento Dandara, comercializando em feiras e escolas.
Para o público presente, foi uma chance de conhecer ou comprar os itens dos quais já são consumidores fiéis. “É tudo muito bom e de qualidade, faço questão de vir quando tem feira e dar meu apoio adquirindo os produtos da reforma agrária”, disse a médica Tais Lippel, que deseja ver cada vez mais espaços de comercialização desse tipo de produção.
Apoio institucional
Além do patrocínio e suporte para a realização da feira, o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), realizou a entrega de kits de Quintais Produtivos para mulheres agricultoras familiares da região sul e pactuou com a UFSC o termo de cooperação do Programa Mais Gestão, cuja meta é atuar junto a 60 cooperativas, realizando diagnósticos para implantar ações que incrementem suas atuações no mercado.
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