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Inovação
Panificadora de assentamento goiano funciona com energia solar
Sistema de energia solar vai reduzir gastos na Panificadora Doçura, tocada por 20 mulheres - Foto: Acervo Amag
No mês da mulher, a Associação de Moradores do Assentamento Genipapo (Amag) concluiu a instalação do sistema de energia solar na Panificadora Doçura – uma agroindústria tocada por 20 mulheres da comunidade, localizada em Acreúna (GO).
Foram instaladas seis placas fotovoltaicas ao lado da panificadora. Cada placa tem capacidade para gerar até 540 watts de potência. O valor estimado do equipamento instalado é de R$ 14 mil.
A presidente da Amag, Leide Aparecida Souza, acredita que a energia solar produzida pelo sistema deve suprir a necessidade de eletricidade da panificadora. “Isto deve reduzir a zero a conta de luz”, comemora. Em média, o gasto mensal da Doçura com luz elétrica é de R$ 350.
Produção
As mulheres da Panificadora Doçura são responsáveis pela produção de bolos, biscoitos, roscas e pães de tipos diferentes - como de queijo e francês. A cada fornada, a Doçura produz, em média, duas mil unidades de seus produtos. A produção é realizada quatro vezes na semana, no turno da noite e as entregas ocorrem logo no início da manhã.
As padeiras da Doçura entregam toda a produção para a Prefeitura Municipal de Acreúna, por meio dos Programas Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e de Aquisição de Alimentos (PAA), ambos do Governo Federal. Leide explica que em dois dias da semana fornece os produtos para escolas e, em outros dois dias, para assistência social. De acordo com Leide, após descontadas as despesas de produção, cada padeira cooperada da Doçura recebe até R$ 2 mil pelo trabalho.
O assentamento Genipapo está localizado em Acreúna, região Sudoeste de Goiás. Tem uma área de 1.180 hectares e abriga 27 famílias da reforma agrária.
Energia das Mulheres da Terra
Para receber o sistema solar, a Amag participou de um processo seletivo realizado pela GEPAAF Assessoria Rural, empresa de assistência técnica voltada para agricultura familiar, por meio do projeto Energia das Mulheres da Terra.
Neste caso, são parceiros da GEPAAF a Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás e a Cooperativa Casa do Cerrado. O recurso para aquisição do sistema de energia solar é financiado pelo Fundo Socioambiental Caixa – que foi criado em 2010, na Caixa Econômica Federal, com o objetivo de apoiar projetos e investimentos de caráter social e ambiental, que se enquadrem nos programas e ações da empresa e que sejam vinculados ao desenvolvimento sustentável para beneficiar, prioritariamente, a população de baixa renda.
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