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Oficina de planejamento participativo debate prioridades do Incra no Rio Grande do Sul
Encontros estão sendo realizados em todas as superintendências regionais do instituto. Foto: Incra/RS
Nesta sexta-feira (5), o Incra no Rio Grande do Sul recebeu representantes de movimentos sociais ligados ao campo e à questão quilombola para planejar as ações prioritárias da regional. A atividade ocorreu no auditório da autarquia, em Porto Alegre.
Na ocasião, houve uma explanação sobre o orçamento de 2024 e sobre a metodologia empregada nos trabalhos. Foi utilizada a Matriz GUT, com a classificação de pontos conforme sua gravidade, urgência e tendência, a fim de ordenar prioridades.
Depois os participantes se dividiram em grupos para trabalhar, separadamente, questões para o desenvolvimento de assentamentos, para obtenção de terras e cadastramento de famílias acampadas e para os territórios quilombolas.
As atividades ocorreram um dia após um planejamento interno, apenas com as equipes do Incra/RS e da sede do instituto, realizado em 4 de abril (quinta-feira).
Como resultado final da oficina, técnicos do Incra vão compilar um plano de ação de curto prazo, apontamentos para a gestão até 2026 e incorporar as prioridades no caderno de metas. Representantes dos beneficiários serão escolhidos para monitorar o planejamento pactuado.
“Quero reforçar a importância desta oficina de planejamento participativo, é uma iniciativa inovadora da direção nacional do Incra”, considerou o superintendente do Incra/RS, Nelson José Grasselli, durante a cerimônia de abertura.
A proposta pretende ser mais ampla do que somente a abertura ao diálogo. “Não bastam as portas estarem abertas, queremos todos na mesa. Queremos ser mais que um governo democrático, queremos ser um governo popular”, afirmou a diretora da Câmara de Conciliação Agrária, Maira Coraci Diniz, representando a presidência do Incra no evento. “A ideia é não sair com pautas, mas com pactuações”, complementou.
Beneficiários
“No momento em que chegamos aqui, nossa esperança ressurgiu”, disse a presidente da associação da comunidade de Morro Alto, localizada entre os municípios de Osório e Maquiné, Elizabete Alves. “Ainda não conseguimos acessar Pronaf e moradia. Primeiramente, para nós, é preciso ter a titulação das terras”, reforçou, lembrando que a sua comunidade está há duas décadas lutando pelo território.
Para a representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Salete Carollo, a oficina é uma oportunidade. “Precisamos não apenas estar integrados, mas inseridos em todas as políticas públicas, principalmente no orçamento”, enfatizou.