Notícias
Assentamento
Incra inicia análise dos dados de famílias retiradas de terra indígena no Pará
Famílias estão sendo retiradas da Terra Indígena Alto Rio Guamá (TIARG), na região Nordeste do Pará. Foto: Secom
O Incra iniciou o trabalho de análise dos dados das famílias que estão sendo retiradas da Terra Indígena Alto Rio Guamá (TIARG), na região Nordeste do Pará. A reserva possui 280 mil hectares. Destes, 5% se sobrepõem à área total do município de Paragominas; 51% ao município de Nova Esperança e 27% a Santa Luzia do Piriá. A chamada “desintrusão” dos não indígenas foi determinada pela Justiça e é cumprida por órgãos de segurança, governo federal e governo do estado.
Desde o dia 2 de abril, uma equipe de 14 servidores da autarquia atua na operação. O efetivo é responsável pelo cadastro de quem vive irregularmente na área. Até o momento, foram identificadas 700 famílias. Elas estão sendo retiradas gradualmente da TIARG.
Técnicos da Diretoria de Desenvolvimento e Consolidação de Projetos de Assentamento do Incra fazem o planejamento para o possível assentamento das famílias com base nas informações coletadas pelos servidores presentes na terra indígena. “Estamos analisando a forma como conduziremos o processo e áreas que podem receber estas famílias”, diz a diretora de Desenvolvimento, Maria Rosilene Bezerra Rodrigues.
Os dados recolhidos em campo serão cruzados com as informações dos sistemas de controle e monitoramento da autarquia para definir quais famílias possuem perfil para o Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA). Ocupantes de cargo, emprego ou função pública remunerada; pessoas excluídas do programa de reforma agrária, proprietários rurais, proprietário, cotista ou acionista de sociedade empresária em atividade, por exemplo, não podem participar.
Umas das alternativas apontadas para o assentamento das famílias aptas é o aproveitamento de eventuais lotes vagos em áreas da reforma agrária do entorno da Terra Indígena do Alto Guamá.
Além da equipe de servidores, o Incra mantém na região uma frota de cinco caminhonetes e dois caminhões que auxiliam na remoção das pessoas. As unidades avançadas da autarquia nos municípios paraenses de Capitão Poço e Paragominas também dão suporte à operação.
Método
O plano de desintrusão e outras ações dentro da terra indígena são conduzidas a partir de estudos que apontam, entre outros dados, assentamentos de reforma agrária existentes no entorno; glebas públicas federais; processos minerários; parcelas de regularização fundiária; imóveis privados certificados e Cadastro Ambiental Rural (CAR). Também foram indicados pontos de aldeias indígenas; malha rodoviária; hidrografia; ramais de acesso; presença de escolas públicas; seções eleitorais; ponto do Censo Agropecuário de 2017; embargos ambientais e uso do solo.
Assessoria de Imprensa do Incra
imprensa@incra.gov.br
61 3411.7404