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Produção Diferenciada
Diversificação produtiva garante qualidade de vida a assentados de Canguçu (RS)
Cebola, mandioca, milho e pepino. Alimentos destinados à mesa dos consumidores sustentam o novo modelo produtivo de Marlene e Valdomiro Leite, moradores do assentamento Da Costa/Mãe Terra, no município gaúcho de Canguçu. Até dois anos atrás, o casal dedicava-se quase exclusivamente ao cultivo do fumo, mas resolveu diversificar as atividades. Ganharam novas fontes de renda e um cenário capaz de encantar a esposa. “Tudo lindo, bem verdinho”, ela diz.
A maior novidade do lote é a cultura do pepino. Desde setembro de 2019, duas mil mudas são periodicamente replantadas em 1,4 dos 27 hectares disponíveis. As colheitas acontecem em janeiro e março. A previsão é alcançar quatro mil quilos na safra atual. O destino dos frutos são empresas do setor alimentício instaladas na região.
Segundo Marlene, os pepineiros exigem investimento considerável em adubos. Mesmo assim, a lavoura é classificada como vantajosa em termos de custos e para o meio ambiente. Além disso, os vidros de conserva armazenados em casa revelam que a iguaria é item frequente no cardápio familiar.
Direto da terra
Marlene e Valdomiro também projetam ganhos com o mandiocal de 10 mil pés distribuídos por um hectare. “Está mais alto que eu”, conta a agricultora.
Este é o segundo ano que o casal cultiva o tubérculo em escala comercial. A expectativa é repetir as vendas da primeira safra, quando abasteceram mercados, açougues e padarias do município, obtendo cerca de R$ 4 mil reais, apesar da seca. A contratação de mão de obra para ajudar na colheita está nos planos imediatos dos agricultores.
Em médio prazo, o objetivo é ampliar as vias de comercialização. Por isso, buscaram assistência técnica da Emater/RS-Ascar a fim de elaborar projetos voltados à aquisição de equipamentos de manufatura e um caminhão para transporte de cargas. Atualmente, esperam pela aprovação dos financiamentos no banco.
Animada com as mudanças, Marlene registra fotos das lavouras e dos resultados de seu trabalho e envia pelas redes sociais. Tem até vídeo explicando como é feita a poda da mandioca.
“A gente semeia, cuida das mudinhas e, depois, das plantas. O trabalho é bem apertado na hora de capinar e colher, mas vale muito a pena”, afirma a assentada. Ela revela que os ganhos com a diversificação ultrapassam o aspecto financeiro: “sobrou mais tempo para a gente”.
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