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Formação
Curso de Enfermagem do Pronera tem vagas remanescentes no Paraná
Estão abertas, até quinta-feira (31), as inscrições para preencher oito vagas remanescentes do curso de Enfermagem com ênfase em Saúde Pública oferecido pela Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), em Foz do Iguaçu. A formação é realizada a partir de convênio entre a instituição e o Incra, por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).
Podem concorrer jovens e adultos moradores de assentamentos criados ou reconhecidos pelo Incra, quilombolas, trabalhadores acampados, além de beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). Os interessados deverão preencher formulário próprio, acessando o link https://www.unioeste.br/portal/provare-pronera. O prazo vencerá às 17h.
As aulas tiveram início na segunda-feira (28), no campus Foz do Iguaçu. São 34 alunos regularmente matriculados. A turma conta com integrantes dos estados da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
A seleção foi por vestibular especial, aprovado pela instância superior da Unioeste, nos moldes já realizados no âmbito do Pronera. O investimento do governo federal, com contrapartida da Unioeste, pelo governo do Paraná, é de R$ 1,28 milhão.
Segundo a coordenadora da graduação em Enfermagem, professora doutora Alessandra Carrijo, os alunos estão alojados no próprio campus.
“Os docentes são da Unioeste de Foz, Cascavel e de Toledo, e virão a Foz para ministrar as aulas”, esclarece.
Na visão do superintendente regional do Incra no Paraná, Robson Luís Bastos, o curso é fundamental às pessoas do meio rural, a fim de terem acesso ao conhecimento. “Essas são políticas públicas estruturantes que viabilizam a permanência das pessoas no campo”, diz Bastos.
Programação
O calendário do curso prevê, neste ano, três meses de Tempo Universidade (abril a junho); dois meses de Tempo Comunidade (julho/agosto); dois meses de Tempo Universidade (setembro/outubro), além de dois meses para seguimento nas disciplinas e atividades práticas (novembro/dezembro). O retorno às atividades na Unioeste ocorre em fevereiro de 2023.
São quatro anos de curso, totalizando 4 mil horas. “Esse regime de Tempo Universidade e Tempo Comunidade é o que caracteriza a pedagogia da alternância, metodologia estabelecida nos cursos no Pronera, e temos que seguir”, completa a professora.
A graduação surgiu a partir da necessidade, em 2015, de formação de profissionais de enfermagem no meio rural, a partir de demandas identificadas junto aos movimentos sociais do campo. A construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) teve início em 2016, com levantamento do corpo docente.
Em 2017, o projeto tramitou na universidade e o convênio foi firmado no ano seguinte. “No entanto, houve a pandemia e em 2021 retomamos o diálogo com o Incra para iniciar o processo seletivo”, explica Alessandra Carrijo.
Ela menciona ainda que, pela dificuldade de ter aulas remotas e do acesso à internet, optou-se por aguardar a melhora da situação sanitária no país. “Agora, finalmente, conseguimos iniciar o curso. Foram quase oito anos de negociação e persistência.”
O objetivo é formar 42 enfermeiras e enfermeiros que tenham os fundamentos necessários para intervir no atendimento de necessidades individuais e coletivas na área da saúde. Eles deverão ter uma visão do processo saúde-doença diferenciada, conhecendo e reconhecendo os saberes populares. “Atuando no nível das comunidades, dos assentamentos, quilombos e das comunidades camponesas, visando à transformação da realidade de vida e de saúde das populações que vivem nesse contexto”, comenta Alessandra.
Crianças
O dia 28 de março teve significado especial para duas alunas do curso, pois além da presença na aula inaugural, levaram as crianças. “A turma tem como princípio não deixar nenhuma mãe sem estudar se tiver filho pequeno”, indica Alessandra.
Conforme ressalta, se a educanda tem filho que não esteja em idade escolar, pode levá-lo. “Foi organizada uma ciranda infantil com educadora que se responsabilizará pelo cuidado enquanto a mãe assiste às aulas e faz as atividades acadêmicas”, salienta. Atualmente, duas alunas levaram as filhas.
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