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Fazenda do tráfico de mulheres no Goiás é destinada à reforma agrária
A Secretaria de Patrimônio da União (SPU) publicou ontem (27), no Diário Oficial da União (DOU), a Portaria número (??) que declara a fazenda São Lukas, localizada no município de Hidrolândia, Goiás, como de interesse social para regularização fundiária, a cargo do Incra, integrando-o ao Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA).
A destinação da área à reforma agrária foi definida pelo Governo Federal por meio de ação conjunta do Incra, SPU e Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDAAF), em atendimento à demanda dos movimentos sociais. Em março deste ano, o imóvel foi ocupado pelo MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra.
Assim que a transferência de domínio pleno se concretizar, o Incra irá iniciar a implantação de um projeto de assentamento no local. A previsão é assentar 13 famílias de trabalhadores rurais sem-terra, na área aproximada de 67 hectares.
Para o superintendente regional do Incra em Goiás, Elias D'Angelo, "a transformação de uma área ligada ao crime e à exploração de mulheres em assentamento dá um recado muito importante à sociedade sobre o caráter pacificador da reforma agrária”. O superintendente destaca a celeridade em que se deu a transferência.
Histórico
A fazenda São LuKas foi sequestrada pela Justiça Federal e repassada à SPU (órgão responsável por administrar os bens da União) em 2019, após condenação dos ex-proprietários por envolvimento no tráfico internacional de mulheres. Desde então, a fazenda está desocupada, improdutiva e em deterioração.
Em maio de 2022, a Secretaria noticiou o Incra da posse do imóvel e solicitou uma vistoria de avaliação. Os peritos do Instituto, mediante análise, determinaram o valor de mercado. De posse do laudo de vistoria, SPU e Incra iniciaram em fevereiro de 2023 as tratativas para a destinação do imóvel.
Assessoria de Comunicação Social - Incra/GO
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