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Reforma Agrária
Cooperativa inaugura silos com capacidade para 300 toneladas de milho em SC
Evento de inauguração da estrutura, onde podem ser armazenadas até 300 toneladas de milho. Foto: Coopercontestado/SC.
A agroindústria da Cooperativa dos Assentados da Região do Contestado (Coopercontestado), localizada no assentamento 30 de Outubro, em Campos Novos, Meio Oeste catarinense, ganhou dois silos para secagem e estocagem de milho. A inauguração da nova área aconteceu no sábado (13).
Segundo o presidente da cooperativa, Fábio Alípio, a estrutura instalada tem capacidade para armazenagem de 300 toneladas de milho e foi erguida com um investimento de R$ 1,2 milhão, obtido por meio de créditos bancários. A iniciativa visa dar subsídio à produção de fubá.
“Já estamos buscando recursos para ampliar a estocagem para 600 toneladas e para implantação de uma indústria moderna para a produção de derivados do milho. Por enquanto, iremos manter a produção terceirizada”, explica.
A matéria-prima da produção, o milho não transgênico, vem dos lotes das 224 famílias associadas à Coopercontestado, que também comercializa hortifrutis, carnes, sucos de uva e maçã, além do feijão, beneficiado na outra indústria própria da cooperativa, em Fraiburgo (SC). “Nesta outra indústria, ainda prestamos serviço para outras sete cooperativas”, relata Alípio.
De acordo com o superintendente do Incra em Santa Catarina, Dirceu Dresch, que participou da solenidade de inauguração, a ampliação das atividades da Coopercontestado é um exemplo da efetividade da política da reforma agrária. “Uma satisfação muito grande para nós, do Incra, podermos apoiar iniciativas como essa e ver que a reforma agraria dá certo, especialmente quando tem apoio de políticas públicas, como o crédito, o PAA e a alimentação escolar”, defende.
Além de buscar diversificar e aumentar a produção, a cooperativa se preocupa com a sustentabilidade ambiental e dá preferência a práticas agrícolas que respeitem a biodiversidade e a saúde dos consumidores, resultando em alimentos agroecológicos e orgânicos. “Essa preocupação permite que a população do campo produza com qualidade de vida e leve para a cidade alimentos de qualidade, contribuindo ainda para matar a fome de quem passa necessidade”, comenta Dresch.