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Com títulos definitivos em mãos famílias planejam o futuro no ES
O assentado Cleomar tem renovado o plantio de café e iniciou recentemente a cultura do cacau. Foto: Incra/ES
A entrega de títulos definitivos a beneficiários em áreas da reforma agrária no Espírito Santo tem assegurado maior segurança jurídica e a perspectiva de acesso a novos créditos para o aumento da produção e melhora das condições sociais e econômicas. Famílias recentemente contempladas com o Título de Domínio (TD) no assentamento Geraldo Sperandio, localizado no município de Pancas, na região Noroeste capixaba, ilustram a nova realidade dos agricultores.
O casal Cleomar José Walter (69) e Terezinha Ferrari Walter (66), estão desde 2003 no assentamento, criado em 1999. Ambos trabalham atualmente na renovação de uma lavoura de café, com 4,1 mil novas mudas plantadas há cerca de seis meses. Em 2024, os agricultores esperam colher pelo menos 250 sacas do grão pilado (seco e descascado) o que representa R$ 175 mil em valores atuais.
Com vistas a reforçar a receita, também foram plantados, há cerca de um ano, aproximadamente mil pés de cacau, em consórcio com a banana. A partir de 2025 o cultivo deve render algo em torno de R$ 60 mil ao ano (valor estimado com base em preços de hoje). Já a criação de galinhas no lote (mais de 70 animais), aos cuidados de dona Terezinha, garante a subsistência familiar e o excedente da produção de ovos é comercializada.
Nos planos dos agricultores está a ideia de, aos poucos, renovar toda a lavoura – atualmente com 15 mil pés de cafés antigos. “Com o título definitivo em mãos podemos buscar financiamento junto aos bancos e melhorar mais ainda a lavoura”, diz Cleomar. De posse do documento, o casal ressalta que pretende seguir no lote. “Agora mesmo que não saímos daqui”
Família Nascimento
Já o casal Ieda Ferreira do Nascimento (61 anos) e Anildo do Nascimento (67 anos) teve sua homologação de beneficiários concretizada em 2007, época que iniciaram o plantio de café no lote. Hoje eles possuem seis mil pés do cultivo. Em 2021, a produção dessa cultura chegou a 38 sacas piladas, cerca de R$ 25 mil e, em 2022, a 42 sacas do produto, o correspondente a algo em torno de R$ 30 mil.
Em razão da queda de produtividade na roça mais antiga, em 2021, o assentado plantou aproximadamente três mil novas mudas de café, que devem começar a produzir em 2023. Os 100 pés de pimenta-do-reino, pés de cacau e a criação de galinhas (cerca de 100 cabeças) e porcos integram outra fonte de renda de ambos. Eles vendem a produção desses cultivos e o excedente dos animais diretamente aos consumidores do município o que representa em média R$ 1 mil por mês. O casal também possui no lote em uma pequena fábrica de lajotas que rende em média R$ 1 mil por mês.
Sobre o Título de Domínio Anildo não hesita em afirmar que ele e a esposa estão satisfeitos e que a ação vem em boa hora pelas condições que oferece aos assentados em tomar financiamento nos bancos ou participar de outras políticas públicas voltadas à agricultura familiar. “Com o título, enquanto tivermos saúde e disposição vamos levando em frente conforme podemos. Mais adiante os meninos (um filho e duas filhas) assumem a atividade produtiva no lote para manter e melhorar o que construímos”, comenta.
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