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Comercialização
Central vai comercializar produtos da reforma agrária no Rio Grande do Norte
Assinatura de ordem de serviço autoriza obras de nova central da comercialização de produtos da reforma agrária em Natal (RN).
Um prédio do Incra, localizado no bairro da Ribeira em Natal (RN), vai ser transformado numa nova central de comercialização de produtos da reforma agrária no estado. Nesta sexta-feira (17), o presidente da autarquia, Geraldo Melo Filho, assinou a ordem de serviço para início das obras no valor de R$ 4,5 milhões.
A central faz parte do projeto Produtos da Reforma Agrária para o Turismo (PRA TU), parceria entre Incra e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Depois de pronto, o espaço vai apoiar a entrada de produtos oriundos das 22 mil famílias de 287 assentamentos federais no estado na cadeia turística.
Queijos, mel, geleias, doces, castanha de caju, farinha, verduras, frutas, hortaliças e peças de artesanatos são exemplos de produtos das áreas de reforma agrária que serão comercializados no espaço.
A central vai contar com espaço gastronômico para refeições e lanches, onde a especialidade será a culinária potiguar, com alimentos e bebidas elaborados a partir da produção dos assentamentos: café, leite, sucos de frutas, licores, batidas, caipirinha e a própria cachaça.
O espaço terá também local para a realização de cursos, palestras, seminários e treinamentos de formação e capacitação dos beneficiários da reforma agrária, para que se familiarizem com o empreendedorismo e a forma correta de valorizar, precificar, expor e comercializar seus produtos.
“Em nosso contato direto com o produtor rural, descobrimos que um dos maiores problemas é o escoamento da produção. A central vem justamente para suprir essa demanda. Estamos dando um passo muito importante para a conclusão desse projeto que vai ajudar beneficiários da reforma agrária no Rio Grande do Norte”, afirma o superintendente do Incra no estado, Marcelo Gurgel.
O projeto foi feito pelo Núcleo de Prática Profissional do IFRN, com a participação de alunos e professores nos estudos e na elaboração da proposta do espaço, explica o reitor José Arnobio. “É uma iniciativa importante, pois vai capacitar e possibilitar aos assentados a comercialização da sua produção.”
Para o presidente do Incra, a assinatura da ordem de serviço inicia uma etapa nova no desenvolvimento do PRATU e vai viabilizar opções de renda para as famílias assentadas no estado. “O projeto vai capacitar os agricultores e ajudá-los a colocar o seu produto no mercado com padrão e qualidade para garantir uma renumeração maior”, declara Geraldo Melo Filho.
Uma empresa foi contratada para executar os serviços de reforma e adaptação do prédio do Incra para a instalação da central de comercialização. A previsão de execução da obra é de seis meses.