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Caju orgânico responde por 40% da renda de assentados no município de Tacaratu (PE)
O técnico Márcio Gomes e o assentado Rivaldo Santos exibem cajus de área de assentamento - Foto: Incra/PE
Famílias assentadas do município de Tacaratu, localizado na Mesorregião do Sertão de Itaparica pernambucano, estão ampliando a renda com o cultivo e a comercialização de caju-anão orgânico. Atualmente, 100 agricultores do assentamento Antônio Conselheiro ll, na Agrovila irmã Dorothy, se dedicam ao plantio. Cada família produz em meio hectare, o que rende cerca de 80 caixas por safra, comercializada nas ações federais do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além das feiras locais.
Eles também cultivam mandioca/macaxeira, melancia, feijão, mamão, goiaba, e criam animais de pequeno e médio porte. No entanto, o caju sozinho responde por uma receita mensal de aproximadamente R$ 800 - o equivalente a 40% da renda de cada família.
Segundo o técnico que acompanha o assentamento, Márcio Gomes, devido à boa adaptação do caju e ao sucesso na comercialização por conta da boa aceitação junto aos consumidores, está sendo estudada a expansão da área plantada. “Pretendemos ampliar a área de cobertura do caju, principalmente para fomentar e fortalecer a agricultura familiar nos programas do governo federal PAA e PNAE. Também estamos trabalhando o processamento de uma agroindústria de beneficiamento de frutas, para melhorar a oferta dos nossos produtos”, explica.
O assentado Rivaldo Gomes dos Santo, que há 25 anos reside e produz na Agrovila Irmã Dorothy, foi um dos primeiros a apostar no cultivo de caju, em 2006. Iniciou com o tipo comum - substituído há dois anos pelo anão-precoce. “Eu sempre via estudos falando sobre a vantagem do cultivo do caju e resolvi apostar. Mesmo do comum eu tirava uma boa safra, mas troquei pelo precoce porque a produtividade é maior. Com ele, nós tiramos duas safras por ano”, comemora.
Caju-Anão Precoce
A escolha por essa espécie de caju se deu devido às vantagens de apresentar ciclo curto e maior produtividade de castanha. Além disso, as castanhas são maiores e as plantas, mais baixas, facilitando a colheita.
Outros pontos positivos são a aceitação no mercado consumidor e, no caso dos produtores, o fato de ser uma planta mais resistente, o que favorece o cultivo orgânico e permite o consórcio com outras culturas, otimizando o espaço nos lotes.
Segundo o técnico Márcio Gomes, a espécie também inicia a produção rapidamente, possibilitando ao agricultor recuperar o investimento mais cedo.
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