Brigadistas instalados em assentamento combatem incêndios no Norte de Goiás

A equipe de brigadistas do Núcleo do Prevfogo Goiás, instalada no assentamento Santa Marta - no município de Mundo Novo, no Norte do estado -, atuou no combate a três incêndios na região neste começo de agosto.

O supervisor estadual de brigadas, Lucas Alves Maia, informou que os incêndios atingiram cerca de 15 hectares de pasto e mata. “O trabalho dos brigadistas foi fundamental no controle rápido do fogo, evitando maior destruição”, observou. Ele explicou que quando não existia a equipe no local, uma queimada podia durar dias porque o período de estiagem e seco favorece à propagação do fogo. “Então, é comum ter muita perda nas pastagens, fauna e flora”, completou.

Para Lucas Maia, outro diferencial da presença dos brigadistas no Santa Marta é o trabalho de educação ambiental. Segundo ele, a equipe trabalha fundamentalmente na prevenção. Essas orientações são repassadas durante visitas nas propriedades rurais quando são explicadas formas de como evitar e combater queimada. Os brigadistas também produzem mudas para replantio em áreas degradadas.

A atuação dos brigadistas começou em julho. A equipe, formada por 15 combatentes de incêndio, foi contratada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em parceria com Incra em Goiás e a Prefeitura Municipal de Mundo Novo. Os contratos têm duração inicial de cinco meses.

Sobre a região
Entre os motivos para escolha do Santa Marta como sede da brigada de incêndio estão o tamanho expressivo do assentamento, que tem 459 parcelas numa área total de 19,5 mil hectares, e o fato de possuir reserva legal ampla (cerca de 4 mil hectares) e pouco degradada.

Pesou também o fato de estar localizado numa das regiões do estado com menores índices de umidade entre os meses de maio a novembro, além de ser próximo de áreas de preservação de outros 22 assentamentos.

De acordo com informações do Prevfogo Goiás, obtidas no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no ano passado, foram constatados 20 focos de calor na região no período de estiagem, de agosto a novembro. Os meses de agosto e setembro são os mais críticos em relação às queimadas.

A região do Santa Marta, que abrange o Centro-norte, Oeste e Noroeste do estado, abriga quase oito mil famílias em cerca de 180 assentamentos, além das inúmeras propriedades rurais particulares que também sofrem com os incêndios. Existem grandes áreas de pastagens nas redondezas e o capim fica muito seco nesta época do ano, transformando-se em combustível para queimadas naturais ou provocadas.

Outro fator importante para a escolha do Santa Marta é a proximidade com a Ilha do Bananal (TO) e também de duas unidades de conservação federais: Resex Lago do Cedro (em Aruanã-GO) e APA Meandros do Rio Araguaia (em São Miguel do Araguaia-GO e Cocalinho-MT).

Assessoria de Comunicação do Incra em Goiás
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